Publicado em 17/02/2016 às 09h00.

Baianos recorrem à Justiça para receber a ‘pílula do câncer’

Medicamento ainda está em fase de testes, mas é visto como uma esperança pelos pacientes em tratamento da doença

Redação
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

 

Conhecida como a ‘pílula do câncer’, a fosfoetanolamina ainda está em fase de testes por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, mas já desperta a esperança de pacientes que estão em tratamento contra o câncer. É o caso de três pacientes baianos que ganharam na Justiça o direito de receber a droga. Conforme explicou ao Correio o advogado Joviniano Dourado, responsável pelo processo, a busca por liminares vem crescendo na Bahia.

Um paciente da cidade de Irecê, um paciente de 45 anos, que não teve o nome divulgado, foi o primeiro a recorrer à Justiça e ter seu pedido aceito. Depois uma idosa com câncer de esôfago, também da cidade de Irecê, ingressou com liminar no dia 26 de janeiro e teve seu pedido deferido dois dias depois.  Outro paciente, morador de Ibititá, também teve sua liminar deferida nesta segunda-feira (15). Os casos têm servido como esperança para outros baianos. Apesar de muitos soteropolitanos terem dado entrada no pedido, a maioria dos processos solicitados ao defensor vem de cidades do interior.

Substância é testada – O uso da fosfoetanolamina  está longe de ser uma unanimidade entre os especialista, pois a  substância ainda não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Vista como a cura para diversos tipos de câncer, a droga ainda não foi testada oficialmente em seres humanos, por isso, não é considerada um remédio. Os pesquisadores envolvidos no projeto alegavam que a droga não havia sido testada clinicamente por uma questão de má vontade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em novembro do ano passado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou que destinaria R$ 10 milhões para pesquisas com a fosfoetanolamina. Do total, R$ 2 milhões foram incluídos ainda no orçamento de 2015 e os outros R$ 8 milhões nos anos de 2016 e 2017.

O Ministério da Saúde recomenda às pessoas que não usem a substância até que os estudos sejam concluídos. O órgão afirma ainda que os relatos de cura entre pacientes que recorreram à substância não comprovam a eficácia dela contra o câncer.

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