Publicado em 18/01/2016 às 07h42.

Dilma troca gestão da INB após contaminação por urânio na Bahia

Estatal é responsável pela exploração do produto no sudoeste do estado e foi denunciada pela presença do urânio em águas de poços em limite superior do que o aceitável para a saúde

Agência Estado
Caetité (BA), 27/01/10 - Ativistas do Greenpeace realizaram um protesto hoje pela manhã, em frente à mina de urânio operada pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) em Caetité, na Bahia. Eles estenderam, no portão da mina, uma faixa com a frase "Área de contaminação". Uma análise feita recentemente pelo Instituto de Águas e Gestão do Clima (Ingá) do governo baiano, foram descobertos dois pontos de água contaminados por urânio – um deles com índices de radioatividade 40 vezes acima do nível considerado tolerável para humanos pelo ministério da Saúde. Foto: Greenpeace / Lunaé Parracho
Ativistas do Greenpeace em protesto em frente à mina de urânio operada pela estatal INB em Caetité, na Bahia.  Foto: Arquivo Greenpeace / Lunaé Parracho

A presidente Dilma Rousseff exonerou, a pedido, Aquilino Senra Martinez do cargo de presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), estatal federal vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Para o lugar de Martinez, foi nomeado João Carlos Derzi Tupinambá.  Os respectivos decretos de exoneração e nomeação estão publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (18). Também foi nomeado Laércio Aguiar da Rocha para exercer o cargo de diretor de Recursos Minerais do órgão.

A INB está no centro de uma série de reportagens do jornal O Estado de S. Paulo que denunciam o excesso de urânio em águas de poços na região sudoeste da Bahia, o que tem causado graves problemas de saúde à população local. A estatal é responsável pela exploração do produto.

Além de revelar a presença de urânio na região em um volume que estaria quatro vezes superior ao limite estabelecido pelos órgãos de saúde para consumo humano, as notícias falam da falta de transparência da estatal no fornecimento de informações sobre o caso para os órgãos ambientais do Estado e do âmbito federal.

As reportagens, que começaram a ser publicadas em agosto do ano passado, levaram à abertura de processos de investigação ou de esclarecimentos contra a INB por órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério da Saúde e comissões do Congresso Nacional.

 

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