Publicado em 10/04/2017 às 21h40.

Empregos no setor de calçados estão em risco após fim da desoneração

Com aumento da contribuição previdenciária obrigatória, empresas preveem demissões no estado

Redação
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Com o fim da política de desoneração da indústria, anunciada pelo governo Temer, o setor de calçados na Bahia prevê a necessidade de demissões. A partir de julho, as empresas que possuíam o incentivo, não terão mais a desoneração da folha de pagamento e voltarão a pagar alíquota de 20% de contribuição previdenciária. Hoje,o pagamento era de até 4,5% sobre o faturamento.

O presidente da BSC e Irmãos Soares Irivan Soares, empresas catarinenses que, juntas, empregam 2.600 pessoas na Bahia, mostrou preocupação com a medida. “O mercado sozinho não conseguirá absorver o aumento do custo da produção.

Almir Santos, sócio da marca feminina Suzana Santos, lamentou pela provável baixa de pessoal que será obrigado a praticar. “Não vai restar alternativa. A política de desoneração permitiu que expandíssemos nossas unidades para fora de Santa Catarina. A Bahia nos acolheu, e agora, o que faremos?”, pergunta. A empresa acabou de inaugurar em Itapetinga, com 1.600 funcionários. “Será difícil mantê-la em operação”, alerta.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico Jaques Wagner, o fim da desoneração é mais uma prova da falta de compromisso social do governo Temer: “De uma tacada só, desagradam empresários e trabalhadores, além de criar um grande problema social. A desoneração fez a roda da economia girar. É possível que ela precise de ajustes, o que é natural, mas não pode ser extinta”, analisou.

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