Publicado em 13/06/2016 às 15h20.

Genival Lacerda recebe título de Cidadão Baiano na AL-BA

Reverenciado em todo o Nordeste, autor do clássico "Severina Xique Xique" nasceu em Campina Grande-PB e gravou o primeiro disco em 1955

Redação

A irreverência contida em composições como “De quem é esse jegue ?” e “Severina Xique Xique” sempre fez do cantor e compositor Genival Lacerda um ícone do Nordeste e, por extensão, da Bahia. E, na manhã desta segunda-feira (13), o paraibano se tornou um pouco mais baiano em caráter oficial, ao receber o título de Cidadão Baiano das mãos do presidente Marcelo Nilo, em cerimônia realizada na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (AL-BA).

“Genival nasceu em Campina Grande por decisão de duas pessoas, seu pai e sua mãe, mas hoje se torna baiano por decisão de 15 milhões de baianos. A Bahia de Gilberto Gil, Ivete, Caetano, Maria Betânia, e tantos outros grandes músicos, agora também é de Genival Lacerda” afirmou o presidente da Casa, Marcelo Nilo, durante a entrega do título.

A sessão foi aberta com o músico Del Feliz cantando, em ritmo de forró, o Hino Nacional Brasileiro e seguiu com uma série de homenagens, como a apresentação do documentário feito pela jornalista Carolina Paiva, “Genival Lacerda – O rei da Munganga”. Autor da proposta, o deputado Nelson Leal (PSL) fez questão de destacar a importância do artista para a música nordestina. “É uma homenagem mais que justa. Genival é um dos ícones da nossa terra, e temos hoje a oportunidade de admirar nossa cultura. O forró é a nossa música raiz”, finalizou.

Com mais de 60 anos de carreira, o ícone da tradição nordestina agradeceu a homenagem e aproveitou para cantar um dos seus maiores sucessos, “Severina Xique Xique”, divertindo a plateia. “É uma enorme felicidade e um prazer receber uma homenagem, com meus 65 anos de carreira”, finalizou Genival. Prestigiaram a solenidade também os forrozeiros Val Macambira e Paulo Góes.

Nascido em 15 de abril de 1931, na cidade de Campina Grande, na Paraíba, Genival Lacerda iniciou a carreira na década de 1950. Gravou o primeiro disco em 1955 e, a partir de então, virou referência de humor e musicalidade.