Publicado em 08/01/2016 às 09h58.

Lama em Abrolhos: ‘Água está cristalina’, diz secretário baiano

Eugênio Spengler sobrevoou o extremo sul da Bahia, na manhã desta sexta-feira (8), e não conseguiu localizar o avanço da mancha do desastre ambiental de Mariana (MG)

Evilasio Junior
Foto: Raul Golinelli/GOVBA
Foto: Raul Golinelli/GOVBA

 

O secretário estadual do Meio Ambiente Eugênio Spengler sobrevoou a região de Abrolhos, no extremo sul da Bahia, na manhã desta sexta-feira (8), e não conseguiu localizar o avanço da mancha do desastre ambiental de Mariana (MG), onde a Barragem do Fundão se rompeu no último dia 5 de novembro, em direção às imediações do Parque Nacional Marinho.

Foto: Manu Dias/ GOVBA
Foto: Manu Dias/ GOVBA

 

A empresa Samarco, responsável pela contenção, foi notificada nesta quinta-feira (7) pelos institutos Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para iniciar a coleta de materiais, após técnicos dos órgãos identificarem sedimentos em uma área de 6.197 km² na região.

Imagens de satélite distribuídas pelo Ibama
Imagens de satélite distribuídas pelo Ibama

 

No entanto, em contato com o bahia.ba, o titular da Sema disse não haver sinal de que a lama tenha alcançado o litoral baiano. “Na área de Abrolhos a água está Cristalina. Não há, pelo que vimos a olho nu, nenhum indicativo de que a lama esteja ameaçando abrolhos”, declarou Spengler, após percorrer uma distância de 250km entre o Rio Doce, entre Minas e Espírito Santo, Porto Seguro e Trancoso.

Manchas seriam restos de árvores e detritos da chuva | Foto: Manu Dias/ GOVBA
Manchas seriam restos de árvores e detritos da chuva | Foto: Manu Dias/ GOVBA

 

De acordo com o secretário, os detritos no mar são restos de plantas e borras lançadas ao oceano pelas últimas chuvas que caíram na região. A água foi coletada em vários pontos, inclusive de praias, e será analisada pot laboratórios ligados ao governo do Estado e da Universidade de São Paulo (USP). Os resultados que irão comprovar ou não se a lama tóxica de Mariana de fato atingiu a Bahia só sairão em aproximadamente 10 dias.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.