Publicado em 12/01/2016 às 12h11.

Médicos da regulação entram em greve a partir de quinta-feira

Profissionais pedem melhorias nas condições de trabalho e o retorno do pagamento do adicional de insalubridade, cortado em novembro

Rebeca Bastos
Foto: Reprodução Facebook
Foto: Reprodução Facebook

 

Os médicos reguladores da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) entram em greve, por tempo indeterminado, a partir desta quinta-feira (14 ), após aprovação da categoria em assembleia realizada na Sindicato dos Médicos (Sindimed) na noite desta segunda-feira (11).  Os profissionais pedem melhorias nas condições de trabalho e o retorno do pagamento do adicional de insalubridade, cortado pelo governo do Estado novembro.

“A insatisfação da categoria já vem sendo sinalizada desde dezembro, através de paralisações pontuais que tentaram abrir um canal de negociação com os gestores Sesab. Além disso, não aceitamos a redução da remuneração, que foi reduzida em 30%”, diz Débora Angeli, diretora do Sindimed, que esteve a frente das reuniões.  Ainda conforme a sindicalista, além de todas as carências na Central de Regulação, que vão desde falta de pessoal, mobiliário quebrado, terceirização do pessoal de apoio, o foco das queixas reside nas difíceis condições de trabalho que os profissionais enfrentam.

Atualmente, cerca de mil solicitações de regulação permanecem diariamente na Central, mas apenas 10% a 15% são atendidas. A estrutura deficitária da rede hospitalar simplesmente não tem condições de absorver o direcionamento dos pacientes. Durante o estado de greve, apenas 30% do efetivo continuará em atuação.

Por nota, a Sesab informou que o processo de negociação com a categoria ainda está em curso e que a retirada da insalubridade foi uma ação correcional realizada por meio da Secretaria da Administração do Estado (Saeb), também respaldada por orientação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Auditoria Geral do Estado (AGE), que identificaram irregularidades na prática remuneratória destes adicionais.
O órgão comunicou ainda que os servidores que considerarem que executam atividades ou operações insalubres devem se dirigir ao setor de recursos humanos da sua unidade, a fim de que seja encaminhado o processo para a reavaliação da junta médica do estado, que é o órgão competente para tal concessão, inclusive com efeito retroativo.

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