Publicado em 20/03/2019 às 16h44.

MP lança projeto de atendimento psicológico para agentes penitenciários

Atendimentos serão realizados no campus da Unifacs, em uma operação conjunta com o MP e a Seap

Redação
Foto:  Adenilson Nunes/Secom
Foto: Adenilson Nunes/Secom

 

Os agentes penitenciários que atuam na Bahia vão passar a contar com atenção psicoterápitica gratuitamente. O projeto, intitulado de “Agentes de AutoTransformação”, foi lançado na terça-feira (20) durante o “Sistema Prisional e Doenças Ocupacionais” realizado na sede do Ministério Público da Bahia.

O projeto integra o programa “A academia vai ao cárcere” e é desenvolvido em parceria pela Unidade de Monitoramento da Execução da Pena (Umep), Centro de Apoio Operacional de Segurança Pública e Defesa Social (Ceosp) do MP, Universidade Salvador (Unifacs) e Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap).

O programa “Agentes de AutoTransformação” foi apresentado pelos psicólogos e professores da Unifacs, Rui Maia Diamantino, Diego Solci Toloy e Cintia Reis Neves. Eles explicaram que o acompanhamento clínico dos agentes penitenciários será feito no campus da Unifacs e não nas unidades prisionais.

“Estar fora do ambiente de trabalho faz parte do tratamento desses profissionais”, afirmou Diego, que definiu as instalações carcerarias como “espaços adoecedores e marcados pela violência”.

O professor Rui afirmou que a inclusão das famílias é necessária para que o trabalho funcione. “Nosso projeto de assistência psicológica busca tratar o agente de forma integral, e isso envolve a relação com seus parentes, que lidam diretamente com o estresse que o sistema produz sobre a família, precisando ser tratados também”.

Coordenadora do programa de valorização do servidor da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), a delegada de Polícia Civil Marjorie Veiga explicou da importância da comunicação interpessoal e do uso da inteligência emocional no ambiente de trabalho prisional.

“Esses profissionais elaboram suas funções em um ambiente de conflito, para o qual trazem suas realidades e problemas pessoais. A inteligência emocional é uma ferramenta fundamental para prevenir esses conflitos”, concluiu.

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