Publicado em 08/03/2019 às 14h12.

Mulheres ainda têm pouca representatividade na administração pública

No Governo do Estado, 17% delas comandam pastas; na Prefeitura de Salvador, 11% do secretariado é composto por mulheres

Milena Teixeira
Foto: reprodução/Grupo Gay da Bahia
Foto: reprodução/Grupo Gay da Bahia

 

O prefeito ACM Neto usou sua conta no Instagram para falar sobre o Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta sexta-feira (8). Na publicação, o presidente do DEM disse que “é preciso ter consciência de que muito ainda precisa ser feito para garantir a equidade e a igualdade de gênero no Brasil”.

Apesar do post, o gestor mantém menos mulheres do que homens no comando das secretarias do município. Somente 11% delas ocupam as pastas.

Das 17 secretarias da Prefeitura de Salvador, duas são estão com mulheres. As pastas de Reparação e Políticas para Mulheres, Infância e Juventude são comandadas por Ivete Sacramento e Rogéria Santos, respectivamente.

 

No Governo do Estado, a presença de homens também é maior do que a das mulheres. O governador Rui Costa, que também usou o Instagram para falar sobre o Dia da Mulher, empossou 19 secretários e quatro secretárias no início do ano. As secretarias de Promoção da Igualdade Racial; Relações Institucionais; Políticas para as Mulheres; Cultura e Ciência, Tecnologia e Inovação são chefiadas por Fabya dos Reis, Cibele Carvalho, Julieta Palmeira, Arany Santana e Adélia Maria de Melo Pinheiro, respectivamente. Na primeira gestão, o petista tinha uma mulher no secretariado: a deputada Luiza Maia, que comandava a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEI).    

Ser exceção não é empoderar

Para a secretária Ivete Sacramento (foto), as mulheres ainda vão precisar percorrer um longo caminho para alcançar igualdade na política. “Infelizmente essa não é uma situação que acontece só aqui, em Salvador. Nós, mulheres, precisamos assumir os papéis. Tudo é uma questão de movimento. Estamos nos movimentamos para combater a violência e também temos que nos movimentar para apoiarmos umas às outras”, afirmou ela ao bahia.ba.

No comando da pasta há duas gestões, Ivete diz que “não se sente empoderada” por ser única mulher negra que foi reitora de uma universidade ou por ser exceção na chefia das secretarias. “Isso não me empodera e, por isso, tenho que continuar lutando. Precisamos buscar nosso protagonismo”, falou.

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