Publicado em 27/01/2016 às 12h24.

Pesquisadores visitam Abrolhos para avaliar vida marinha

João Brandão

Pesquisadores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e instituições parceiras saíram de Vitória (ES) para uma expedição técnica no navio “Soloncy Moura”, na tarde desta terça-feira (26). Durante cerca de dez dias, os oitos especialistas vão percorrer o litoral fazendo coleta de material (água, sedimentos, peixes e invertebrados) em diversos pontos, do sul do Espírito Santo ao sul da Bahia.

O objetivo do grupo é avaliar possíveis impactos negativos sobre a biodiversidade marinha causados pela lama da barragem da mineradora Samarco, que rompeu na cidade de Mariana (MG), em novembro do ano passado, maior acidente ambiental já ocorrido do Brasil.

Em contato com o bahia.ba, o ICMBio informou que o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no sul baiano, vai ser visitado entre sexta (29) e sábado (30). O parque nacional marinho brasileiro é o primeiro do Brasil, criado em 1983. Com área de 91 mil hectares, o local abriga a maior biodiversidade marinha de todo o Atlântico Sul e é local de reprodução das baleias jubartes.

Após o término da expedição, o ICMBio e as instituições parceiras farão a análise de todo o material coletado e vão elaborar um relatório com as conclusões, previsto para ser divulgado em março.

Nesta quarta-feira (27), a Samarco divulgou uma pesquisa, encomendada pela própria mineradora, que apontou que as amostras de água coletadas no arquipélago “indicaram ausência de óxido de ferro, um dos elementos que remeteriam à pluma de turbidez do Rio Doce. Além disso, a qualidade da água coletada em diferentes dias mostrou que os parâmetros estão dentro dos limites do Conama 357 nível 1 (água salina), não havendo anormalidades”. ICMBio disse que não comenta esse levantamento.

Temas: marinha , abrolhos , icmbio

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