Publicado em 08/01/2016 às 15h40.

Prefeito de Pedrão quer pagar salários atrasados em oito parcelas

Jacob Pereira da Silva (PP) apresentou proposta a professores, mas medida seria válida a todo o funcionalismo municipal

Maurílio Fontes / Alagoinhas Hoje
Foto: Divulgação
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Sob o argumento de queda na arrecadação, o prefeito de Pedrão, Jacob Pereira da Silva (PP), e o secretário municipal de Finanças, Luiz Eudes, querem pagar os salários de dezembro e o décimo terceiro dos professores municipais em oito parcelas, a primeira este mês.

A proposta foi apresentada na última segunda-feira (4) em reunião com dirigentes do Núcleo da APLB Sindicato da cidade do centro-norte baiano. Segundo Atanazia de Souza Campos, coordenadora local da entidade, as alegações não procedem porque a atual administração atrasa os salários com regularidade, mesmo com uma receita mensal superior a R$ 1 milhão. “Pesquisas realizadas no portal do Banco do Brasil indicam que nos meses de novembro e dezembro de 2015 os repasses alcançaram quase R$ 3 milhões, contrariando os argumentos do prefeito e do secretário de Finanças”, revela a dirigente sindical.

A folha salarial da Prefeitura de Pedrão, com efetivos e contratados, estaria em torno de R$ 500 mil por mês. A sindicalista afirma que por diversas vezes a APLB buscou abrir canais de diálogo, com objetivo de encaminhar soluções para a falta de infraestrutura das escolas municipais e a inexistência de calendário de pagamento dos trabalhadores em educação, mas o governo pedronense rechaçou todas as tentativas.

Atanazia diz que em outras secretarias os atrasos já atingem quatro meses e a proposta de parcelamento dos salários atrasados também é válida para todos os servidores municipais.

Ano letivo – Sem o recebimento dos salários de dezembro e dos valores relativos ao décimo terceiro, os professores da rede municipal de educação não começarão o ano letivo. Os alunos das 22 escolas da prefeitura ficarão sem aulas, o que compromete o calendário.

A coordenadora da APLB Sindicato informa que a categoria se reunirá na próxima segunda-feira (11) para tomar decisões em defesa da educação municipal e do cumprimento das obrigações trabalhistas da prefeitura. “A situação é crítica, por isso estamos denunciando o descontrole da atual gestão, que não é de agora, como provam as nossas correspondências ao gabinete do prefeito, e solicitamos a intervenção do Ministério Público”, enfatizou Atanazia.

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