Publicado em 20/07/2018 às 17h00.

Reajuste da Aneel só entrará em vigor em abril de 2019

Agência aumentou em 45,52% a receita das usinas hidrelétricas mais antigas, podendo deixar a conta de energia em até 3,89% mais cara

Rayllanna Lima
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

 

Um novo reajuste foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última terça-feira (17). Desta vez, o aumento será de 45,52% na receita das usinas hidrelétricas mais antigas – que atua pelo modelo de cotas – podendo deixar a conta de energia até 3,89% mais cara.

Todavia, os percentuais divulgados pela Agência são parte de outros diversos componentes que influenciam no reajuste da tarifa de energia da Coelba [Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia], este que só ocorre uma vez por ano. Sendo assim, o aumento divulgado está semana só deverá impactar no bolso do consumidor a partir de abril de 2019.

De acordo com a Tribuna da Bahia, a Coelba esclareceu que ainda não tomou conhecimento do valor a ser definido para o reajuste, mas explicou que “o cálculo considera diversas variáveis até a determinação do valor final da Aneel”. Sendo assim, até o ano que vem, o percentual pode sofrer variações de acordo com os critérios definidos pela agência reguladora.

Também em nota, a Aneel esclareceu sobre o processo tarifário, ressaltando que cada distribuidora passa por reajuste somente uma vez por ano.

“O valor máximo que poderá impactar as tarifas é da ordem de 3,86%. Para Bahia ainda não temos esse impacto. Esse componente só impactará os consumidores da Coelba no processo tarifário do ano que vem da distribuidora em abril”, destacou.

O último reajuste no estado baiano aprovado pela Aneel ocorreu em 17 de abril, sendo vigorado a partir do dia 22 do mesmo mês. Foi 16,17% para baixa tensão e 17,27% para alta tensão.

Na época, o reajuste foi bastante comentado negativamente entre os baianos, que já criticavam as trocas de bandeiras devido ao aumento no valor final da conta.

A recepcionista Flaviana Santos, 49, é uma das baianas insatisfeitas com o preço que paga para ter energia em casa.

“Não tenho nada que consome muito. Não tenho roupa de lavar, nem freezer, ar condicionado. Ainda assim a conta está vindo muito cara. Esse mês foi um aumento de mais de R$ 2 em contribuição de iluminação pública, sem falar nos quase R$ 8 da bandeira vermelha. De junho para julho, a conta em casa passou R$ 66 para R$ 80,50. É um absurdo sem tamanho”, detalhou.

Queixas também são acumuladas pelo motorista Fernando Fontes, 51. “Fui um dos que teve problema para pagar a conta, porque a Coelba decidiu da noite para o dia que a gente não podia mais pagar nas lotéricas. Na próxima conta, além dos aumentos que já constatei, vai vir mais cara por causa do juros. Tudo nesse país quem paga a conta é o pobre”, desabafou.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.