Publicado em 14/02/2017 às 20h30.

Rota do charuto recebe visitantes do Senado e secretários da Bahia

Fábricas de charuto do Recôncavo do estado, abriram as portas para visita técnica e miram aumento na exportação do produto

Redação
Divulgação
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As fábricas de charuto do Recôncavo da Bahia que fazem parte da chamada “Rota do charuto”, abriram as portas na última sexta-feira (10) para uma visita técnica que reuniu autoridades como o Senador Roberto Muniz e o secretário de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado da Bahia (Seagri), Vitor Bonfim, além de membros da Seagri e Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur).

Na rota, os participantes percorreram as fábricas e fazendas produtoras de tabaco para conhecer a cadeia produtiva que há 450 anos movimenta a economia do Recôncavo. O roteiro é coordenado pelo Sindicato da Indústria do Tabaco do Estado da Bahia (Sinditabaco) e envolve os municípios de São Gonçalo dos Campos, Governador Mangabeira, Muritiba, São Félix e Cachoeira.

Segundo o Senador Roberto Muniz (PP-BA), a cultura do tabaco está na raiz da cultura do Recôncavo Baiano, sendo de extrema importância para a economia e subsistência das famílias da região. “A cultura fumageira articula com uma cultura maior, que é a do Recôncavo. Existe um potencial muito grande do setor, mas há um preconceito das pessoas que não percebem que o produto faz parte da cultura local e é gerador de milhares de empregos. Identificamos os obstáculos legais existentes para tentarmos dar alguns encaminhamentos junto as esferas do governo em prol do setor”, afirmou.

Segundo o Sinditabaco, centenas de famílias da agricultura familiar participam no cultivo do tabaco e 4.500 empregos diretos e indiretos são gerados e ocupados em sua maioria são de mulheres responsáveis pelo sustento de suas famílias.

Também presente no encontro, o secretário de agricultura, Vitor Bonfim afirmou que a rota também é importante para o turismo da região e que merece atenção dos órgãos competentes. “Foi muito importante ver que grande parte da mão de obra é feminina ou da agricultura familiar, então realmente merece toda atenção do governo do estado e federal. A parte do turismo está toda montada e a rota não deixa nada a desejar para rotas já consolidadas pelo mundo. As visitas às fabricas e fazendas preenchem um dia e os turistas podem sair deliciados”, afirmou.

Selo de qualidade – Durante o encontro, a presidente do Sinditabaco Ana Cláudia Mercês, assinou o pedido de registro de Indicação Geográfica (IG), que será enviado ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), em 21 de fevereiro, com o intuito de obter o selo de qualidade para charuto baiano.

O documento assinado pela presidente serve para comprovar a autenticidade dos requisitos exigidos para que o INPI conceda o registro, que reconhece oficialmente a área do Recôncavo como detentora de características exclusivas para produção de charutos com qualidade. “Essa é uma etapa crucial no nosso projeto de conseguir a IG. A documentação está toda pronta para encaminhar ao INPI. Com isso teremos o reconhecimento formal da excelência do nosso tabaco, apreciado em todo mundo. A expectativa é o aumento nas exportações e vendas internas das empresas”, disse Ana Cláudia.

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