Publicado em 24/11/2018 às 16h40.

Transplantes de órgãos têm aumento de quase 20% no 1º semestre de 2018

Uma das doações foi feita por uma família da cidade de Barreiras, oeste baiano, que perdeu o filho de três anos

Redação
Foto: Arnaldo Alves / Fotos Públicas
Foto: Arnaldo Alves / Fotos Públicas

 

O número de transplantes de órgãos cresceu 19,5% na Bahia, no primeiro semestre deste ano. No total, foram feitos 55 operações, em comparação às 46 do mesmo período de 2017.

O balanço final do segundo semestre ainda não foi fechado, mas um dos transplantes do mês de novembro foi feito na sexta-feira (21), na cidade de Barreiras, oeste da Bahia. A decisão de doação partiu da família de Maurício Sá Telles, que perdeu o filho de apenas 3 anos.

A criança deu entrada no Hospital do Oeste no dia 10 deste mês, após uma crise convulsiva. Ele teve morte encefálica – quando somente o cérebro para de funcionar – confirmada. A equipe médica consultou os pais e informou sobre os procedimentos, e a família concordou em doar os órgãos do menino.

“As pessoas que podem viver, as crianças que podem viver através dele, a gente tem um conforto. É da vontade de Deus que a gente possa ajudar o próximo”, disse Maurício.

A equipe responsável pelo transplante saiu de Salvador para fazer a retirada dos órgãos. Foram coletados os dois rins e as duas córneas. O médico Daniel Viriato explica que o procedimento de retirada e transplante é seguro.

“Na Bahia, nós queremos ajudar ao próximo. Mas nós não temos a consciência de como fazer isso. Às vezes, nós não sabemos muito como que a gente pode fazer. A doação é uma coisa segura, tem um protocolo, que é um dos mais seguros do mundo. Nós passamos por dois médicos e um exame para fechar o diagnóstico de morte encefálica”, disse.

De acordo com os médicos responsáveis pela remoção, os órgãos vão salvar a vida de quatro pessoas que estão na fila de doação. Os órgãos do filho de Maurício foram levados para a capital baiana em uma aeronave, acompanhados da equipe médica.

Para a família que doou, o sentimento é de solidariedade. “Quem puder e tiver qualquer tipo de iniciativa é muito bom, porque faz a diferença. Talvez nem tanto a primeira vista para a família. Eu sei que tem crianças que estão no hospital há três anos, com a idade dele, que talvez esteja precisando de um rim para sair. Eu tenho certeza que talvez a alegria da mãe que vai receber é do tamanho da minha dor, ou maior”, disse Maurício. Do G1.

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