Publicado em 14/08/2018 às 19h20.

84% das crianças ainda não foram vacinadas contra pólio e sarampo

Em Salvador, a campanha de vacinação, que vai até o dia 31 de agosto, atingiu apenas 2% do público alvo

Redação
Foto: Bruno Concha/Secom
Foto: Bruno Concha/Secom

 

Até esta terça-feira (14) somente 3,6 milhões de doses das vacinas contra a pólio e sarampo foram aplicadas em crianças de todo o País. Foram 1,808 milhão de crianças vacinadas contra a pólio e 1,801 milhão contra o sarampo. O quantitativo corresponde a cerca de 16,13% do público-alvo para a pólio e 16,07% para o sarampo.

Nesta primeira semana da Campanha Nacional de Vacinação contra as doenças, apenas 5.921 crianças se vacinaram na capital baiana, o que corresponde a apenas 2% do público alvo. A meta da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) é imunizar 95% do grupo prioritário formado pelas crianças com idade entre 1 e 5 anos (4 anos 11 meses e 29 dias), seguindo determinação do Ministério da Saúde (MS). O público estimado para receber as doses no município corresponde a pouco mais de 134 mil crianças.

Na mobilização nacional, o MS convoca mais de 11 milhões de crianças de um a menores de cinco anos devem ser vacinadas. A Campanha deste ano é indiscriminada, por isso, todas as crianças nessa faixa etária devem se vacinar, independente da situação vacinal. A vacinação ocorre até o dia 31 de agosto e o dia D de mobilização nacional será no próximo sábado, 18 de agosto, quando os mais de 36 mil postos estarão abertos em todo o Brasil.

Para a poliomielite, as crianças que não tomaram nenhuma dose durante a vida, receberão a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). Já os menores de cinco anos que já tiverem tomado uma ou mais doses da vacina, receberão a Vacina Oral Poliomielite (VOP), a gotinha. Em relação ao sarampo, todas as crianças receberão uma dose da vacina Tríplice viral, independente da situação vacinal, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos trinta dias.

“Desta forma, criamos uma imunidade de grupo. Rapidamente teremos a oportunidade de garantir que, mesmo que os vírus da pólio e sarampo entrem no país, não encontrem uma fonte de infecção”, explica a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues. Ela também ressalta que é uma oportunidade de corrigir falhas vacinais. “As crianças, por terem o sistema imunológico mais frágil, podem não responder imunologicamente à vacina”, esclarece a coordenadora.

O Ministério da Saúde oferta todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que estão disponibilizadas no SUS. Ao todo, são 19 para combater mais de 20 doenças, em todas as faixas etárias. Por ano, são cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos distribuídos em todo o país.

 

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