Publicado em 04/06/2019 às 09h41.

Árbitra é agredida por estudante após dar cartão vermelho em partida de futsal

Vídeo que circula nas redes sociais mostra momento em que agressor se irrita com expulsão e parte para cima de Eliete Maria; assista

Redação
Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter

 

A árbitra Eliete Maria Fontenele foi agredida a socos por um estudante da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), enquanto apitava uma partida de futsal durante campeonato na instituição, na última segunda-feira (3).

Após uma confusão generalizada entre jogadores de ambos os times que culminou em uma briga, a árbitra puniu três jogadores com o cartão vermelho. Um deles, se descontrolou e desferiu diversos socos no rosto de Eliete. Da arquibancada, um outro estudante gravou o vídeo do momento exato da agressão, que circulou e causou revolta nas redes sociais.

Com o ataque, a ábitra teve a boca ferida e chegou a cair no chão. De acordo com informações do G1, Eliete Maria foi a uma delegacia onde prestou um boletim de ocorrência e passou por exame de corpo de delito.

“Eu estava com o cartão e ele bateu na minha mão. No momento em que ele bate na minha mão, se eu não puxasse o cartão para ele, ia perder minha autoridade toda do jogo. Aí eu puxei e dei o vermelho [para ele] também. No momento em que eu dei o vermelho, ele me puxou e eu dei um passo. O primeiro [soco] desviou, mas o segundo e terceiro que foram fortes, que quando ele me deu eu caí no chão”, relatou Eliete ao G1.

Até a manhã desta terça-feira (4), o suspeito ainda não havia sido encontrado. Após o crime, ele fugiu do campus da universidade. A sua identidade não foi revelada.

Na profissão há mais de 20 anos, Eliete conta que foi a primeira vez em que foi agredida em uma partida. Ela defendeu que qualquer árbitro ou árbitra que passe pela mesma situação, não tema em fazer a denúncia:

“O recado que eu posso deixar é: quando for agredido árbitro ou qualquer mulher, nunca deixe de vir denunciar, porque é a melhor coisa. Você fica com a alma limpa, porque se eu não fizesse isso, eu não ia dormir. Porque eu ia ficar com medo de andar nos lugares. Eu tenho minha vida também, que eu vivo, e aí eu não posso afetar isso. Mas quero também respeito para mim e segurança. Eu quero justiça”, disse.

Veja vídeo:

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