Publicado em 29/03/2019 às 09h16.

Assassinos de Suzano queriam matar desafetos, aponta investigação

Um dos alvos seria um eletricista, vizinho de um dos autores do massacre; homem escapou porque não abriu a porta de casa

Redação
Foto: Reuters/Ueslei Marcelino/Direitos Reservados
Foto: Reuters/Ueslei Marcelino/Direitos Reservados

 

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revela que cada atirador deveria matar um desafeto antes de dar início ao massacre na escola estadual Raul Brasil, em Suzano (Grande São Paulo).

Segundo a publicação, para Luiz Henrique de Castro, 25, o alvo seria um vizinho. Já o de Guilherme Taucci, 17: o próprio tio.

A série de ataques fazia parte do plano traçado para o último dia 13, quando a dupla promoveu a chacina dentro do colégio.

Conforme as investigações, um eletricista de 25 anos também estaria marcado para morrer após brigar com Luiz Henrique no início deste ano. Na manhã do crime, o atirador chegou a ir atrás dele, mas o possível ataque acabou não acontecendo.

Às 8h10 do dia 13, cerca de 1h30 antes da tragédia na Raul Brasil, Luiz foi até a casa do eletricista e encontrou o portão trancado. O atirador começou a chamá-lo insistentemente. Ele, no entanto, não abriu a porta e continuou dormindo. Luiz decidiu ir embora.

Familiares do homem relatam que, quando ele soube que o massacre foi promovido por Luiz, ficou “apavorado”. Presumindo que também seria um alvo, fez um boletim de ocorrência e deixou a casa onde mora. “Resolveu comparecer nesta delegacia, pois tem medo de que haja mais pessoas engajadas (no massacre)”, diz o registro.

De acordo com o jornal paulista, o depoimento fundamenta a tese da polícia de que os assassinos planejaram cometer dois homicídios antes de chegar à escola, armados com um revólver 38, uma machadinha e uma besta.

 

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