Publicado em 15/06/2019 às 17h30.

Campanha do MEC é acusada de racismo ao embranquecer mulher negra

Imagem mostra uma aluna sobreposta por uma mão branca segurando o diploma; internautas se manifestaram contra o design da peça

Redação
Foto: MEC/Reprodução
Foto: MEC/Reprodução

 

Uma campanha publicitária do Ministério da Educação sobre o prazo de inscrições para o Programa Universidade para Todos (Prouni) está sendo acusada de racismo nas redes sociais. Segundo o jornal O Globo, o anúncio do último dia de inscrições para bolsas de 50% ou 100% para cursos de graduação em universidades privadas mostra uma mulher negra ao entrar na faculdade que, ao terminar o curso, é sobreposta por imagens de outra branca com o diploma na mão.

A propaganda foi compartilhada na quinta-feira nas redes sociais do MEC e, desde então, é alvo de críticas nas redes, como informou o colunista Guilherme Amado , da revista Época.

Os anúncios foram publicadas nas páginas da pasta no Twitter, Facebook e Instagram. Nas peças compartilhadas nos stories do Instagram, a mão e o rosto da aluna negra são subtituídos pelos da estudante branca. Nas outras duas redes, apenas a mão branca segurando o diploma aparece. Parte dos comentários são críticos ao “branqueamento” da estudante negra ao ser diplomada. Um internauta escreveu que vai avisar os pais que quando se me formar, no fim do ano, ele irá “virar branco”: “Não quero assustá-los”.

Inúmeras mensagens questionam a campanha e acusam as peças de racismo.

Em nota enviada ao O Globo, o MEC afirmou que a campanha tem como objetivo “enfatizar que as oportunidades são iguais para todos os candidatos, e a linguagem escolhida foi a sobreposição de imagens que demonstram a variedade de cor, raça e gênero”.

 

 

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