Publicado em 06/11/2015 às 15h05.

Casos e mortes por malária despencam na América Latina, diz OMS

Brasil tem uma das maiores quedas

Reuters

Os casos e as mortes causadas pela malária em toda a América Latina diminuíram muito nos últimos anos, e Brasil, Honduras e Paraguai foram os que fizeram mais progresso no combate à doença parasitária transmitida por mosquitos, informou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Nas Américas como um todo, o aumento da prevenção e do controle da malária levaram a uma queda de quase 70 por cento nos casos – de 1,2 milhão em 2000 para 375 mil em 2014. As mortes decorrentes de malária diminuíram quase 80 por cento no mesmo período, com 89 mortes relatadas na região no ano passado, de acordo com as cifras mais recentes da Opas, o braço regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas.

“A região das Américas demonstrou capacidade de reduzir a malária significativamente”, disse Marcos Espinal, chefe do departamento de doenças transmissíveis da Opas/OMS, em um comunicado no final da quinta-feira.

A Opas elogiou o programa nacional de prevenção da malária brasileiro. Criado em 2003, ele treinou quase 14 mil agentes de saúde em áreas rurais e urbanas para conscientizarem as comunidades locais sobre como detectar e evitar a malária e ensinar como montar e usar corretamente as redes contra mosquitos.

As redes, que são tratadas com inseticida e instaladas sobre as camas, foram responsáveis pelo grande número de redução de mortes por malária em todo o mundo e são consideradas uma arma central na luta global contra a moléstia.

Tais controles e medidas preventivas, e em menor grau o uso de sprays dentro das casas, levaram a uma diminuição de 60 por cento nas taxas de mortalidade por malária em todo o mundo desde 2000, segundo a OMS.

Mas, apesar do avanço enorme dos últimos 15 anos, cerca de 438 mil pessoas em todo o mundo morreram de malária no último ano, e a África subsaariana representou 91 por cento destas mortes, especialmente entre crianças pequenas, mostram cifras da OMS.

A Organização das Nações Unidas (ONU) almeja reduzir os números de novos casos e mortes por malária em outros 90 por cento até 2030. Um relatório de setembro da OMS e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês) informou que o financiamento anual para a campanha anti-malária precisará triplicar – dos 2,7 bilhões de dólares atuais para 8,7 bilhões de dólares em 2030 – para que esta meta seja cumprida.

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