Publicado em 05/11/2015 às 18h15.

Crise é também um grande momento de infinitas possibilidades positivas

Edival Passos

Ai se não fossem as crises. Possivelmente a humanidade não teria evoluído, como evolui.
Isso parece até meio paradoxal face a grandes e continuados desafios que vimos convivendo com eles durante séculos, como a extrema pobreza e miséria que assola mundo afora aproximadamente quatro bilhões de seres humanos que sobrevivem com renda máxima de um dólar (US$ 1,00) por dia.

Esse fenômeno coloca “O CAPITALISMO NA ENCRUZILHADA”, mas, acredito ser possível superá-lo, mesmo nos limites da chama Economia Capitalista Global. Um grande Economista americano da nossa atualidade, que não é Socialista, o Professor Stuart L. Hart, Professor de Administração da Universidade de Cornell Johnson School of Management, também especialista em Desenvolvimento Sustentável, publicou o importante livro, também intitulado de “O CAPITALISMO NA ENCRUZILHADA” que propõe saídas com base em TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS para a inclusão desses quatro bilhões de seres humanos, nossos irmãos de espécie, que habitam o Planeta Terra e precisam sobreviver com suas dignidade básicas atendidas. Eles têm uma coisa igual ao que todo Ser Humano tem: Instinto Criativo. Com Instinto Criativo que eles têm podemos ensiná-los a desenvolver suas habilidades criativas, que, somado a políticas de reparação necessárias, nós os traremos para um mundo de vivência com a Felicidade de Viver.

Ora, essa é uma Crise de Natureza Ética que não podemos fechar os olhos, os nossos corações e as nossas mentes. Ela precisa ser resolvida e é possível resolvê-la com os conhecimentos e o desenvolvimento tecnológico a que chegamos no Século XXI. Protelá-la “ad eternum” é, no mínimo, uma atitude fria e insensível dos Homens, Mulheres, Instituições Públicas, Empresas e Entidades Empresariais que podem contribuir para a Superação dessa Chaga Humana.

Orgulho-me do Brasil ter saído do Mapa da Fome da FAO. Esta solução foi dada pela política e pela contribuição mesmo não sentida de cada cidadão brasileiro incluído e não incluído, por conta dos tributos (impostos e taxas) que pagam e que entram como receita para os Entes Públicos.

Agora, falando das outras Crises Globais, da Crise Econômica e Política, porque passa a maioria dos países no Mundo e também o Brasil, é bom que se diga que elas não são as primeiras que acontecem no Mundo e no Brasil. Em vários momentos da história da humanidade e dos brasileiros, outras crises aconteceram e algumas delas até piores do que a que estamos vivendo. E Conseguimos sair delas? Conseguimos. Talvez nas saídas anteriores não tenhamos feito o aprofundamento necessário para entendermos e conhecermos melhor as causas que as geraram e assim termos produzido as vacinas necessária para uma imunização por um prazo maior.

Mas, se assim não o fizemos agora é a hora, num Século de alta significância do conhecimento e com excepcionais conhecimentos desenvolvidos e em estoque, que os coloquemos a serviço da superação dessa crise, muito mais rápido que nas anteriores.

Mas, como não sou ingênuo, se não tiver boa vontade e espírito de justiça social com quem mais vem acumulando riquezas, principalmente os Banqueiros e os Rentistas, a crise poderá durar muito mais do que se pensa.

Alguns ajustes fiscais num país de tantas mazelas sociais históricas deveriam ser substituídos por palavras como eficiência do gasto público e produtividade, do que restrição à esses gastos num país, que por mais que tenhamos avançados nessa última década ainda precisamos avançar muito mais para sermos um país descente do ponto de vista de uma vida melhor para todo o seu povo.

Mas, sei que só isso não é necessário. É preciso que se diga que é chegado a hora de taxações maiores para o capital especulativo internacional, que muda de lugar em um piscar de olhos gerando crises aos países, principalmente àqueles emergentes e os de economias mais frágeis.

É preciso superarmos a Crise com avanços no campo do Conhecimento. Assim, proponho revoluções no conteúdo da nossa educação/saber/conhecimento que vá além da técnica e as técnicas mais específicas que as Grandes Empresas assumam com a instituição de suas Universidades Corporativas, que juntas com o SISTEMA “S” façamos uma revolução na qualificação dos nossos Trabalhadores e nossos Empreendedores.

É preciso saber como estão mudando as Economias dos outros países para que possamos descobrir novas oportunidades em plena crise.

Claro, precisamos avançar na nossa infraestrutura em todos os sentidos e naturezas para que saiamos da crise dando saltos de competitividade no concerto das Nações.

Por fim, não como conclusão de todas as minha ideias para a superação da Crise, é urgente, necessário e preciso que construamos no Brasil uma Sociedade marcada por uma Cultura Empreendedora de Massas. Nesse sentido e também pelo retorno à normalidade institucional e econômica do Brasil, é preciso que o Governo Federal, Congresso Nacional, Governos Estaduais, Entidades do Poder Público Municipal, Entidades Empresariais, Entidades dos Trabalhadores, Academia, Ministerio Público e Poder Judiciário sentem à mesa para construírem juntos um Pacto Anti-Crise, pelo Brasil e pelos brasileiros.

EDIVAL PASSOS
Economista Humanista
DIRETOR ECOCRIATIVA – CONSULTORIA EM ECONOMIA CRIATIVA

Edival Passos

Edival Passos é economista e pós-graduado em gestão pública.

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