Publicado em 16/03/2018 às 17h54.

Defesa de Lula vê contradição entre delatores de Odebrecht e OAS

Advogados pedem anulação do processo em que o ex-presidente já foi condenado pelo emblemático triplex do Guarujá, no litoral de São Paulo

Redação
Foto: Miguel Schincariol / AFP
Foto: Miguel Schincariol / AFP

 

Os advogados do ex-presidente Lula protocolaram na tarde desta sexta-feira (16) no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) uma petição pedindo sua absolvição e anulação do processo no qual ele já foi condenado, pelo triplex do Guarujá.

Ação da defesa se baseia no que disse um ex-diretor da Odebrecht que se tornou delator num depoimento recente, de acordo com a publicação da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.

Em depoimento ao juiz Sérgio Moro em 23 de fevereiro último, o ex-diretor da empreiteira Márcio Faria afirmou que nos acertos entre as construtoras que participaram dos contratos firmados pelo consórcio Rnest/Conest com a Petrobras coube à Odebrecht pagar a suposta propina que seria destinada ao Partido dos Trabalhadores e ao ex-diretor de Serviços da estatal, Renato Duque.

A defesa de Lula argumenta a partir daí que a OAS ‘não teve nenhuma responsabilidade por pagamentos destinados ao PT nesse contrato, um dos aspectos centrais da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que levou à condenação de Lula por corrupção passiva no caso do triplex’.

O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro afirmou que as despesas com a reforma do imóvel eram parte dos pagamentos que ele teria acertado com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto para garantir seus contratos na Petrobras.

Vaccari, por sua vez, já afirmou em depoimento que não fez nenhum acordo desse tipo com o empreiteiro.

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