Entidade islâmica repudia ataques em mesquita na Nova Zelândia
Por meio de nota, Federação das Associações Muçulmanas do Brasil afirmou que fiés foram "vítimas do ódio" do extremista; leia aqui
A Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (FAMBRAS) emitiu uma nota de repúdio aos ataques a uma mesquita na Nova Zelândia, que deixou ao menos 49 mortos e muitos outros feridos. A entidade islâmica, que está presente no país há 40 anos, afirmou que é “inconcebível” aceitar que política, ideologia ou religião, se tornem motivos de tamanha crueldade.
“É inconcebível aceitar que posições políticas, ideológicas ou religiosas sejam justificativas para atentar contra a vida”, diz o texto, que reforça também a dificuldade em compreender porquê “templos religiosos” são “invadidos por aqueles que desejam transformar fieis em vítimas de seu ódio.
A entidade lembra que, em nenhum trecho da “escrita sagrada do Islam”, há qualquer recomendação ou menção a atos radicais, “ou qualquer ação que não leve ao bem”, e a insurgência de grupos com este propósito só incentiva o que chamam de “islamofobia” – uma aversão aos muçulmanos em geral.
Por fim, o texto pede às autoridades da Nova Zelândia que apliquem “punição exemplar” aos criminosos envolvidos no ato terrorista. e deseja paz para”Neste momento doloroso, rogamos a Deus que inspire as autoridades neozelandesas para que, com base na lei, façam justiça com a punição exemplar dos agressores. Que Ele receba, em sua infinita misericórdia, as vítimas fatais do ataque e console os que sofrem com esta separação tão cruel. Que ajude no restabelecimento dos feridos, muitos deles ainda em estado grave, e fortaleça os homens e mulheres de bem – da Nova Zelândia e de todo o mundo – para que sigam em busca do entendimento e da paz”
Veja texto completo:
A Federação das Associações Muçulmanas do Brasil – FAMBRAS, entidade islâmica fundada há 40 anos no Brasil, vem a público manifestar seu repúdio aos ataques às Mesquitas Masjid Al Noor e Linwood, localizadas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia.
Alegando ser de extrema-direita e anti-imigração, um australiano de 28 anos foi um dos quatro suspeitos detidos após o ataque. Segundo relatos da mídia, ele pertence a um grupo que dissemina mensagens de ódio, especialmente contra muçulmanos. O crime – que resultou, até o momento, em 49 mortes, além de deixar muitos feridos – foi filmado pelo atirador e publicado numa rede social.
É inconcebível aceitar que posições políticas, ideológicas ou religiosas sejam justificativas para atentar contra a vida. Também é difícil aceitar que templos religiosos, que reúnem pessoas em busca de paz e de comunhão com Deus, sejam invadidos por aqueles que desejam transformar fieis em vítimas de seu ódio.
A FAMBRAS, que considera parte de sua missão combater o preconceito aos muçulmanos por meio da informação, assegura que a religião islâmica tem como premissa a promoção da paz, da caridade, da justiça social e, sobretudo, a valorização do bem mais precioso ofertado por Deus: a vida. Não há nas escrituras sagradas do Islam nenhuma recomendação para a prática de atos radicais ou qualquer outra ação que não leve ao bem. O que fomenta a chamada ‘islamofobia’, portanto, é, principalmente, a desinformação.
Neste momento doloroso, rogamos a Deus que inspire as autoridades neozelandesas para que, com base na lei, façam justiça com a punição exemplar dos agressores. Que Ele receba, em sua infinita misericórdia, as vítimas fatais do ataque e console os que sofrem com esta separação tão cruel. Que ajude no restabelecimento dos feridos, muitos deles ainda em estado grave, e fortaleça os homens e mulheres de bem – da Nova Zelândia e de todo o mundo – para que sigam em busca do entendimento e da paz.
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