Publicado em 30/06/2016 às 21h40.

Foragido da PF encontrado em motel em Pernambuco morreu envenenado

O empresário era testa de ferro de uma organização criminosa de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 600 milhões desde 2010

Agência Brasil
O corpo do empresário não apresentava sinais de violência. A polícia encontrou comprimidos no quarto, o que levou à suspeita de enfarte ou suicídio (Foto: PF/ Reprodução
O corpo do empresário não apresentava sinais de violência. A polícia encontrou comprimidos no quarto, o que levou à suspeita de enfarte ou suicídio (Foto: PF/ Reprodução)

 

O empresário Paulo César de Barros Morato, foragido da Operação Turbulência e encontrado sem vida no dia 22 de junho em um motel em Olinda (PE), morreu por envenenamento. A causa da morte foi confirmada nesta quinta-feira (30) pela Polícia Científica de Pernambuco.

A conclusão é de exames de DNA, histopatológico e toxicológico realizados nas vísceras do empresário. Segundo a polícia, não há a como saber, por enquanto, se Morato foi envenenado por alguém ou se tomou o veneno sozinho.

Tecnicamente, o termo que indica o envenenamento no laudo é “intoxicação exógena”. A substância encontrada no corpo de Morato é o organofosforado, presente na composição de um inseticida conhecido como chumbinho.

As informações foram divulgadas por meio de nota e nenhum representante da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS/PE) ou da Polícia Científica deu entrevistas sobre o caso.

Ainda faltam ser concluídas as perícias das imagens das câmeras de segurança e de impressões digitais (papiloscópica), química, tanatoscópica e do local da morte, que têm prazo de 10 dias. A previsão é que o corpo de Paulo César Morato seja liberado para a família nesta sexta-feira (1º).

Operação Turbulência  – Paulo César Morato foi encontrado morto em um quarto de motel em Olinda no dia 22 de junho. O empresário era investigado na Operação Turbulência e estava foragido da Polícia Federal. De acordo com as investigações, Morato era testa de ferro de uma organização criminosa de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 600 milhões desde 2010.

A rede atuava como financiadora de campanhas políticas, entre elas a do ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência da República Eduardo Campos (PSB), inclusive da compra do avião usado por ele nas eleições presidenciais de 2014, cuja queda o matou e a mais seis pessoas.

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