Publicado em 07/01/2016 às 13h11.

Indústria acumula queda de 8,1%, diz IBGE

Queda registrada em novembro foi a mais intensa desde dezembro de 2013

Agência Brasil
Foto: David Alves Palácio Piratini/ Fotos Públicas
Foto: David Alves Palácio Piratini/ Fotos Públicas

A produção industrial brasileira registrou queda de 2,4% de outubro a novembro de 2015, o sexto resultado consecutivo frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, fechando os primeiros onze meses do ano com retração acumulada de 8,1%.Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Brasil (PIM-Brasil) e foram divulgados nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles indicam que a queda registrada em novembro foi a mais intensa desde dezembro de 2013 (-2,8%).

Quando comparada com novembro do ano passado, a série sem ajuste sazonal, a produção industrial chegou a cair 12,4% – neste caso a 21ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a mais acentuada desde abril de 2009 (-14,1%).Já a taxa anualizada, o indicador acumulado nos últimos 12 meses, é negativa em 7,7%, assinalando a perda mais intensa desde novembro de 2009 (-9,4%) e mantendo a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%).

Segundo o IBGE, a queda de 2,4% de outubro para novembro reflete o predomínio de resultados negativos no parque fabril do país, atingindo três das quatro grandes categorias econômicas e 14 dos 24 ramos pesquisados. A pesquisa indica que, entre as três grandes categorias econômicas, ainda na comparação com outubro, a maior queda ocorreu em bens intermediários (-3,8%), que, assim como bens de consumo duráveis (-3,2%), mostraram as reduções mais acentuadas em novembro.

O item bens intermediários vem registrando queda desde fevereiro último, acumulando no período retração de 10,9%. Bens de consumo duráveis fecham novembro com o quarto resultado negativo consecutivo, período em que acumula retração de 18,9%.

A terceira das grandes categorias a fechar com queda foi o segmento de bens de capital (-1,6%), que, embora também tenha acusado taxa negativa, encerrou novembro com queda menos intensa do que a média nacional para o total da indústria (-2,4%), embora tenha registrado o segundo recuo seguido, passando a acumular perda de 3,7%.

O único resultado positivo entre as grandes categorias foi o do setor de bens de consumo semi e não-duráveis, que cresceu 0,4%, eliminando parte do recuo de 1% verificado em outubro. Entre os ramos de atividade, as principais influências negativas foram em indústrias extrativas (-10,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,8%), intensificando o ritmo de queda frente ao mês anterior (-1,8% e -1,1%, respectivamente).

O IBGE fez a ressalva de que, em novembro, esses ramos foram influenciados pelo rompimento da barragem de rejeitos de mineração na região de Mariana (MG) e pela greve dos petroleiros. Outras contribuições negativas importantes vieram de produtos alimentícios (-2,2%), produtos de minerais não-metálicos (-3,5%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6%).

Média móvel trimestral- A Pesquisa Industrial Mensal apurou, ainda, que o índice de média móvel trimestral recuou 1,6% no trimestre encerrado em novembro de 2015 frente ao trimestre finalizado em outubro e manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014.

Entre as quatro grandes categorias econômicas, a de bens de consumo duráveis (-5,1%) mostrou redução mais acentuada em novembro e permaneceu com a sequência de taxas negativas iniciada em dezembro de 2014, com perda acumulada de 30,7% nesse período.

Os segmentos de bens intermediários (-2,1%) e de bens de capital (-0,8%) também apontaram taxas negativas em novembro de 2015, com o primeiro mantendo a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014, e o segundo prosseguindo com o comportamento negativo presente desde outubro de 2014 e acumulando no período recuo de 33%.

O setor de bens de consumo semi e não-duráveis não mostrou variação entre outubro e novembro de 2015. O crescimento foi nulo.

 

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