João de Deus dormiu no meio do mato antes de se apresentar à polícia, segundo coluna
Acusado de abusar de centenas de mulheres, religioso questionou se sua situação era pior do que a do ex-presidente Lula
O médium João de Deus, acusado de abusar sexualmente de centenas de mulheres, dormiu no mato antes de se apresentar à polícia. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com a colunista, o religioso ficou em um sítio nas proximidades de Goiânia. A propriedade pertence a uma família que teve um de seus integrantes diagnosticado com câncer terminal na infância, salvo pelo médium há duas décadas.
Lá, segundo a coluna, o médium ficou ansioso e aflito. Na madrugada de sábado (15), sem conseguir dormir, se embrenhou em um bosque perto do sítio, montou uma barraca e dormiu no meio do mato. Não queria sair de lá para nada. Disse que precisava ficar sozinho e meditar. Voltou à casa já tarde da noite. Tomou banho, comeu alguma coisa —e de novo foi para o bosque.
Etapas da negociação
Enquanto João de Deus estava no bosque, seu advogado, Alberto Toron, passou a negociar as condições de sua apresentação. “Nunca houve a intenção de fuga. A ideia era que ele se apresentasse o mais rápido possível, como foi feito”, afirma o defensor.
A sócia de Toron, Luisa Moraes Abreu Ferreira, foi ao sítio buscar João de Deus. A ideia era acertar um ponto exato, numa estrada de terra, em que ele se apresentasse às autoridades. João de Deus caminha de sua barraca no mato para encontrá-la.
Defesa
Ainda conforme Mônica Bergamo, que estava com o médium antes dele se à polícia, João de Deus chegou a falar: “Você quer fazer alguma pergunta, irmã?”, disse ele à colunista.
Ele ainda falou sobre as acusações. “Eu só sei que é uma coisa montada, armada. Para pegar o meu dinheiro”, afirmou.
Quando questionado sobre as vítimas, ele respondeu à colunista: “Eu te contei do telefonema? Me telefonaram e disseram: ‘Vamos colocar 50 [mulheres] para falar mal de você. Se você falar alguma coisa, colocamos 200. E, depois, 2.000’”.
Um outro temor dele, conforme a coluna, é ter a cabeça raspada, regra em algumas penitenciárias. E também, aos 76 anos, passar um longo tempo na prisão. “A minha situação é pior do que a do Lula?”, perguntou dias antes a um interlocutor. A conversa é entremeada por silêncios prolongados.
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