Publicado em 11/02/2016 às 18h20.

Mais de 200 mil militares atuarão no combate ao Aedes no sábado

Anúncio foi feito nesta quinta-feira (11) pelo ministro da Defesa, Aldo Rebelo. Ação faz parte das atividades previstas para o Dia Nacional de Mobilização contra o mosquito

Agência Brasil
Brasília – O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, fala sobre a atuação das Forças Armadas no combate ao mosquito Aedes agypti, durante entrevista ao programa Bom Dia Ministro (Antônio Cruz/Agência Brasil)
Rebelo: ‘Mobilização da população para remover das casas os focos dos mosquitos’ (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, anunciou oficialmente nesta quinta-feira (11) que 220 mil militares das Forças Armadas vão participar, no próximo sábado (13), do Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Mosquito Aedes aegypti. Nessa etapa, que o ministro definiu como de “mobilização, os militares serão deslocados para diversas cidades para a ação. Nessa fase, haverá panfletagem e a presença de autoridades do governo.

A etapa do dia 13 é para mobilizar a população. “É preciso haver mobilização da população para que, permanentemente, removam-se das casas os focos de multiplicação dos mosquitos. O esclarecimento é importante para que cada família se mobilize permanentemente. Esse é o objetivo do sábado”, ressaltou o ministro da Defesa.

Na ação de sábado, os militares baterão à porta das casas junto com os agentes do Ministério da Saúde, aplicando larvicidas em caixas d’água e demais reservatórios se necessário.

Os ministros, secretários executivos e outras autoridades federais também participarão da ação, que será realizada em vários estados. Aldo Rebelo participará da campanha em São Paulo, onde se encontrará com o governador Geraldo Alckmin, no município de Campinas.

A ação vai mobilizar todos os órgãos do governo federal e ocorrerá em mais de 350 municípios do país. O objetivo é conscientizar a população da importância de eliminar os nascedouros do mosquito.

Emergência – No início do mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência internacional de saúde pública em virtude do aumento de casos de microcefalia associados à contaminação pelo vírus Zika. A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que a situação é preocupante por causa de fatores como a ausência de imunidade entre a população; a falta de vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápido e a possibilidade de disseminação global da doença.

Transmitido pelo Aedes aegypiti, mesmo transmissor dos vírus da dengue e da chikungunya, o Zika provoca dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. A grande preocupação, no entanto, é a relação entre o Zika e a ocorrência de microcefalia, já confirmado pelo Ministério da Saúde.

Olimpíadas – O ministro da Defesa disse não acreditar que o aumento do número de casos de Zika e de microcefalia possa atrapalhar a realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto. Para Aldo Rebelo, os esforços para eliminar o mosquito surtirão o efeito necessário. “Com o esforço que o governo está fazendo, não creio que as Olimpíadas possam sofrer nenhum prejuízo por conta disso.”

Aldo Rebelo lembrou que outros países, ao sediar os Jogos, também precisaram combater riscos, como os de atentados terroristas, por exemplo, e que os eventos não deixam de acontecer por esses motivos. “O mundo vive sob riscos, ou de saúde, de natureza política ou terror. O risco deve ser combatido com medidas eficazes, mas a humanidade não pode deixar de realizar suas tarefas de eventos internacionais por conta de riscos e ameaças, que devem ser combatidos.”

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