Publicado em 11/01/2019 às 08h11.

Ministério quer enviar remédio perto de vencer para paciente com hepatite C

Governo federal avisou que distribuirá 2,2 mil tratamentos que precisam ser usados até 28 de fevereiro

Redação
Divulgação
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O Ministério da Saúde corre contra o tempo para tirar de seus estoques um medicamento essencial para tratar pacientes com hepatite C e que está prestes a vencer, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta semana, a pasta enviou aos Estados alerta de que vai mandar uma quantidade do sofosbuvir para que o início do tratamento seja feito até dia 25. Se a data-limite não for cumprida, perderá a validade. Ao todo, são 2,2 mil tratamentos que têm de ser usados até 28 de fevereiro. Caso contrário, o prejuízo será de R$ 18 milhões – a pasta pagou US$ 49,46 por comprimido em 2017, época da compra.

De acordo com a publicação, coordenações estaduais que aguardam a chegada dessas drogas desde o ano passado protestaram contra os prazos. O Estado apurou que algumas coordenações regionais avaliam recusar o tratamento, alegando não haver tempo suficiente para distribuir os remédios. Isso ocorre sobretudo onde há grande número de atendidos.

“A distribuição é praticamente inviável”, diz a coordenadora do Programa de Hepatite da Secretaria de Saúde paulista, Sirlene Caminada. Ela observou que, mesmo que o cronograma da pasta seja cumprido, será preciso prazo para que as drogas sejam distribuídas nos serviços das cidades. Há ainda necessidade de uma consulta antes da entrega do remédio ao cadastrado.

A secretaria diz ainda estudar qual resposta dará ao governo federal. O Estado apurou que Pernambuco também considera os prazos difíceis de cumprir. O receio é de que os Estados recebam e, sem condições de distribuir, arquem com a responsabilidade da perda de validade. Mas o ministério afasta o risco de o sofosbuvir se perder. Conforme a pasta, a droga será enviada aos centros até esta sexta-feira e haverá tempo para a distribuição.

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