Publicado em 21/06/2018 às 17h40.

MPF investigará brasileiros envolvidos em vídeo machista gravado na Rússia

A decisão do MPF é tomada com base nos artigos 1 e 3 da Convenção Internacional sobre Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher

Redação
Reprodução: Twitter
Reprodução: Twitter

 

O Ministério Público Federal no Distrito Federal abriu um procedimento investigatório criminal para identificar todos os brasileiros envolvidos no vídeo onde um grupo de rapazes cercam e constrangem uma mulher na Rússia.

Na gravação, os brasileiros fazem com que a moça repita palavras que falam sobre o órgão sexual feminino, sem que ela saiba o significado. A decisão do MPF é investigar o crime de injúria.

“Repetir em coro e em estribilho palavras de baixo calão referente ao órgão genital feminino, sem que essa tivesse o conhecimento do idioma e do conteúdo da palavra repetida, fazendo com isso com que a humilhasse publicamente a honra e denegrisse sua dignidade, diante de seu cunho nítido machista e discriminatório”.

A decisão do MPF é tomada com base nos artigos 1 e 3 da Convenção Internacional sobre Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher.

Como o episódio ocorreu na Rússia, a investigação pode ser aberta com base no Artigo 7º do Código Penal, que estabele que ficam sujeitos à lei brasileira os crimes cometidos no exterior: que por tratado ou convenção o Brasil se obrigou a reprimir; praticados por brasileiro.

Alguns dos rapazes no vídeo foram identificados. O engenheiro Luciano Gil, o ex-secretário de Turismo de Ipojuca (PE) Diego Jatobá e o policial militar de Santa Catarina Eduardo Nunes. Além de Felipe Wilson, supervisor da Latam, que gravou um segundo vídeo do mesmo cunho e foi demitido pela companhia aérea.

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