Publicado em 26/09/2018 às 18h00.

Número de assassinatos de quilombolas em 2017 foi o maior em dez anos

Homicídio contra essa população aumentou 350% em comparação a 2016; Bahia e o Pará foram os estados mais afetados

Redação
Foto: Reprodução/DPU
Foto: Reprodução/DPU

 

O ano de 2017 foi o mais violento nos últimos dez anos para as comunidades quilombolas. No período, foram registrados 18 assassinatos contra essa população. Em comparação a 2016, houve um aumento de 350% no número de quilombolas assassinados.

O dado é parte de um trabalho de pesquisa promovido pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e a Terra de Direitos, em parceria com o Coletivo de Assessoria Jurídica Joãozinho de Mangal e a Associação de Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais da Bahia (AATR).

“Existe um estado de vulnerabilidade dos quilombos que é resultado de uma fraqueza da política pública em assegurar os direitos territoriais quilombolas e isso cria uma situação de exposição à violência, somada ao racismo institucional da sociedade brasileira que faz com que os quilombolas sejam vítimas de atrocidades”, diz Elida Laures, coordenadora da pesquisa pela Terra de Direitos.

As ocorrências foram identificadas em todas as regiões do país, sendo a Nordeste a mais afetada (49% das situações mapeadas). A Bahia e o Pará foram os estados mais afetados, seguidos de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e do Piauí.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.