Publicado em 07/06/2019 às 16h30.

Petrobras lança programa para prevenir furto em oleodutos

Conforme divulgou a estatal, o número de furtos de combustíveis na malha de oleodutos saltou de 14 para 261 em quatro anos

Redação
Foto: Henry Romero/Reuters
Foto: Henry Romero/Reuters

 

O Programa Integrado de Proteção de Dutos (Pró-Dutos) foi lançado nesta sexta-feira (7) pela Petrobras para prevenir furtos de combustíveis na malha de oleodutos da Transpetro, alvo de ações criminosas nos últimos dois anos.

Conforme divulgou a estatal, em 2015 fora 14 casos. Em 2016, o número subiu para 72, ampliando para 227 em 2017. No ano passado, o número de furtos ampliou para 261.

A decisão de da Petrobras ocorreu depois da morte da menina Ana Cristina Pacheco, de 9 anos, no dia 23 de maio. Ela foi internada em estado gravíssimo no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, na Baixada Fluminense, no dia 26 de abril, após cair em uma poça de gasolina pura que vazou de um duto em Duque de Caxias, em uma tentativa de furto. A menina teve 80% do corpo queimado no acidente.

Coordenador do Pró-Dutos, Marcos Valério Gonçalves Galvão destacou que o transporte de combustível por dutos é uma atividade utilizada no mundo inteiro e é segura, quando não exposta a ações ilegais.

No Brasil, segundo ele, são transportados por dia 820 milhões de litros pela malha de 14 mil quilômetros de dutos em área urbana e rural, em 14 unidades da federação, o que retira das rodovias 20 mil caminhões-tanques diariamente. Galvão informou que foram furtados nos últimos quatro anos 42 milhões de litros, causando prejuízos de R$ 600 milhões e a indisponibilidade dos dutos por um total de 8.600 horas, além do risco à vida das pessoas e ao meio ambiente.

“É nas regiões metropolitanas, onde é grande a densidade demográfica, que a ação ilícita, deliberada e não autorizada de terceiros, voltada para o furto de petróleo e derivados, expõe a população e o meio ambiente aos riscos mais severos, uma vez que o vazamento de combustíveis decorrentes dessas ações criminosas pode provocar incêndios e explosões, como nós vimos”, disse.

Segundo o coordenador, cerca de 44 milhões de pessoas estão expostas a esses riscos nas maiores regiões metropolitanas do país, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.

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