Publicado em 24/02/2018 às 09h00.

Recuperação de postos de trabalho favorece homens brancos, diz IBGE

Pretos e pardos juntos representavam 63,8% dos desempregados no fim do ano passado, acima dos 62% de 2012

Redação
Foto: Cesar Itiberê / Fotos Públicas
Foto: Cesar Itiberê / Fotos Públicas

 

A reação do mercado de trabalho à crise de desemprego, segue não apenas tímida, mas também continua favorecendo trabalhadores do sexo masculino e que se declaram brancos. Num universo de 12,3 milhões de desempregados, as disparidades entre homens e mulheres e, principalmente, entre brancos e negros ou pardos, permanece grande, segundo levantamento publicado pelo jornal “Folha de SP”.

A taxa de desemprego encerrou 2017 em 11,8% em relação a 12% registrados em igual trimestre de 2016, segundo a Pnad Contínua, do IBGE. Entre os homens o desemprego é menor: 10,5% ante 13,4% entre mulheres. Se a abordagem for relativa à cor, porém, a desigualdade é ainda maior.

A taxa de desemprego entre brancos (ambos os gêneros) é a menor: 9,5%. Em contraposição, a desocupação entre pardos encerrou o ano em 13,6%, e, entre negros, chegou a 14,5%. Chama a atenção ainda que pretos e pardos juntos representavam 63,8% dos desempregados no fim do ano passado, acima dos 62% de 2012.

Na situação das mulheres, houve certa melhora: elas são 50,7% da população desocupada ante 49,3% dos homens – percentual que era de 55,5% no início da série. Já quando o recorte é o rendimento, as mulheres ganham 76% do rendimento médio deles, que é de R$ 2.697.

O salário de negros e pardos corresponde a 57% dos brancos: ou mais de R$ 1.100 a menos no contracheque no fim do mês. O mais curioso é que o percentual não se mexeu desde o início da série, em 2012.

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