Publicado em 12/06/2019 às 20h00.

Relatório aponta que situação de morador de rua não muda desde 2016

Sobressaem as denúncias relativas a negligência (673), violência psicológica (183) - como xingamentos, hostilização, humilhação -, violência institucional (161) e violência física (116)

Redação
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

Um relatório apresentado nesta quarta-feira (12) pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) revelou que no ano de 2018, o grau de dificuldades que a população em situação de rua enfrentou foi quase o mesmo dos dois anos anteriores.

O Disque 100 fechou o ano passado com 889 denúncias de violações aos direitos de pessoas que se encontram nessas condições.

O total de queixas encaminhadas ao governo federal se aproxima do constatado em 2017, com 996 registros, e do de 2016, 937. Entre as denúncias, sobressaem-se às relativas a negligência (673), violência psicológica (183) – como xingamentos, hostilização, humilhação -, violência institucional (161) e violência física (116).

A rua (70,7%) foi o principal local onde as violações foram cometidas, embora muitos abusos tenham acontecido em albergues (6,47%), espaços que deveriam servir como espaço de acolhimento.

Ao contrário do que o ministério apontou sobre idosos LINK 1, o desrespeito aos direitos humanos da população em situação de rua afeta mais homens (57%) do que mulheres (27,6%), considerando o universo daqueles que informaram seu gênero.

O levantamento evidencia, complementarmente, que as vítimas são, na maioria das vezes, adultos jovens. Segundo o documento, 24,5% das vítimas têm de 18 a 30 anos e 23% de 31 a 40 anos. Não se sabe a idade de 20% das vítimas. Quase metade das vítimas é negra, ou seja, de pardos (32%) e pretos (13,9%), enquanto brancos e indígenas representam 21,6% e 1,5% do total, respectivamente.

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