Publicado em 26/09/2017 às 08h40.

Sedentarismo tem influência socioeconômica, aponta estudo

Pesquisa inédita revela que número de praticantes de exercício físico é maior entre homens brancos com alto nível socioeconômico

Redação

Uma pesquisa inédita feita pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) revelou que apenas três em cada dez brasileiros em idade adulta praticam atividade física regularmente. Cerca de 42,7% dos homens praticam exercícios, enquanto o porcentual das mulheres é um pouco menor, de 33,4%.

Outro apontamento do Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional 2017 – Movimento é Vida, é de que há fatores econômicos e sociais que interferem na prática regular de exercícios físicos.

Homens jovens, brancos e de alto nível socioeconômico praticam muito mais esportes do que mulheres, pessoas negras e de baixo nível socioeconômico.

De acordo com a Agência Brasil, o estudo levantou que pessoas com renda mensal per capita de cinco salários mínimos, ou mais, praticam até 71% a mais do que a média no Brasil.

O problema estaria no investimento do Estado no setor, que é insuficiente, desde o período escolar, e restaria à iniciativa privada a alternativa para quem pode pagar. Para o Pnud, há uma “alta concentração do investimento privado”, feito principalmente pelas famílias brasileiras.

Muitas instituições de ensino não conseguem oferecer as condições necessárias para o desenvolvimento; cerca de 46,1% das escolas públicas estão no nível elementar, enquanto 42% estão no nível insuficiente.

“A ausência do Estado no fomento ao esporte de participação obriga as pessoas interessadas a recorrer ao mercado e pagar para ter acesso a essas práticas”, diz o estudo.

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