Publicado em 09/02/2016 às 21h20.

Temporal de janeiro leva Porto Alegre a suspender carnaval

Ruas do bairro Cidade Baixa, na região central da cidade, por onde os blocos desfilam, ainda apresentam sinais de destruição

Agência Brasil
A Rua da República, no centro, ainda mostra estragos do temporal do fim de janeiroDaniel Isaia/Agência Brasil
Rua da República, no centro de Porto Alegre (Foto: Daniel Isaia/Agência Brasil)

O temporal que causou estragos em Porto Alegre no dia 29 de janeiro acabou prejudicando também o carnaval de rua, que foi suspenso. É que as ruas do bairro Cidade Baixa, na região central da cidade, por onde os blocos desfilam, ainda apresentam sinais de destruição. Por isso, a prefeitura entendeu que não havia condições de fazer os desfiles ali. Em comunicado, a Secretaria Municipal da Juventude diz que todos os esforços estão voltados para a recuperação da cidade.

Ainda neste ano, porém, deve haver carnaval de rua na cidade. Novas datas dos desfiles deverão ser definidas em uma reunião entre os organizadores dos blocos, as produtoras e a Brigada Militar. A previsão é que os desfiles ocorram entre o fim deste mês e o início de março.

Dois dos blocos mais tradicionais estavam programados para sair neste feriadão. A Banda DK, que todos os anos reúne milhares de pessoas ao som de marchinhas de carnaval, era a atração de sábado (6). A atração desta terça-feira (9) seria o Baile Infantil da Rua do Perdão, um dos blocos mais antigos da capital gaúcha, que busca despertar nas crianças o gosto pelo carnaval.

Segundo o empresário Flávio Piloto, algumas pessoas desavisadas foram hoje até a Cidade Baixa com crianças fantasiadas para participar do bloco infantil, mas encontraram as ruas vazias. Dono de uma farmácia no bairro há mais de20 anos, Flávio já testemunhou muitos carnavais de rua em Porto Alegre: “o agito é grande, mas é uma coisa bacana, porque o pessoal vem aqui para se divertir. Para o comércio, é ótimo, porque aumenta o movimento.”

Mas nem todos os comerciantes gostam do carnaval de rua. O empresário Luís Fernando Salon, que tem uma sorveteria no bairro, por exemplo, disse que os foliões só consomem bebidas e drogas e que isso atrapalha as vendas. “Eu dei graças a Deus que o carnaval foi suspenso. Espero que ele nunca mais aconteça aqui na Cidade Baixa.”

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