Publicado em 12/08/2017 às 08h00.

Vacina brasileira contra zika deve ser testada em humanos em 2018

Desenvolvida pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará, a vacina apresentou bom desempenho em camundongos e primatas

Redação

A vacina brasileira contra o Zika Vírus, que está em fase de testes no Instituto Evandro Chagas, no Pará, deve ser testada em humanos em 2018, após ter apresentado resultados promissores em camundongos e primatas.

O anúncio foi feito durante a “XIX Jornada Nacional de Imunizações”, nesta sexta-feira (11), em São Paulo. O estudo vem sendo desenvolvido em parceria com a Universidade do Texas (EUA) e conta com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde no Brasil.

“As iniciativas com a vacina de zika estão andando mais rápido porque não foram identificados outros sorotipos do vírus, como é na dengue. Com isso, a complexidade é menor”, afirmou Consuelo Oliveira, pesquisadora clínica do Instituto Evandro Chagas.

No estudo em camundongos, foram 46 cobaias testadas. Os camundongos que receberam o imunizante, metade do total, apresentaram anticorpos contra o Zika Vírus. Após o acasalamento das fêmeas, o vírus da zika não chegou até a placenta. “O que foi interessante é que, nas cobaias não vacinadas, vimos que o vírus fez o mesmo percurso observado em humanos. A placenta com déficit de nutrição, os bebês nascendo pequenos, as malformações…”, explica Consuelo.

No mundo são cerca de 41 iniciativas que buscam produzir uma vacina contra a zika. No Brasil, o Instituto Butantan faz análises de uma vacina que seria utilizada contra todos os sorotipos da dengue e contra o vírus zika.

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