Atividade econômica segue em trajetória declinante no Brasil
Várias regiões do país registram desempenhos negativos em diversos setores
A atividade econômica seguiu em trajetória declinante no país no início do segundo semestre, refletindo, sobretudo, os desempenhos negativos da indústria, das vendas do comércio e do setor de serviços, com impactos relevantes sobre o mercado de trabalho. Essa avaliação consta do Boletim Regional, publicação trimestral divulgada hoje pelo Banco Central (BC), com indicadores econômicos por regiões do país.
Para o BC, as perspectivas de recuperação da atividade econômica dependem fundamentalmente da reversão da confiança de consumidores e empresários nos próximos trimestres, que tende a ser favorecida pelos efeitos das medidas de ajuste na economia. “Adicionalmente, a mudança de patamar da taxa de câmbio deverá seguir favorecendo as regiões onde há maior representatividade das exportações na economia, em especial Centro-Oeste e Sul, com desdobramentos positivos sobre os respectivos mercados de trabalho”, acrescentou o BC.
De acordo com o boletim, as economias regionais repercutiram com intensidades distintas os impactos do atual ciclo. No Norte, diz o BC, a atividade econômica na região foi condicionada, no trimestre encerrado em agosto, pelas retrações observadas na produção industrial, nas vendas do comércio e na construção civil. O Índice de Atividade Econômica Regional da Região Norte (IBCR-N) recuou 1,5%, em relação ao trimestre finalizado em maio, de acordo com dados dessazonalizados (ajustados para o período).
No Nordeste, houve retrações nas vendas do comércio e na produção industrial, que exerceram desdobramentos negativos sobre o mercado de trabalho – a economia nordestina eliminou 42,9 mil empregos formais no trimestre, ante criação de 48,9 mil vagas em igual período de 2014. Nesse cenário, o IBCR-NE recuou 0,9% em relação ao trimestre finalizado em maio.
A economia do Centro-Oeste seguiu em retração no trimestre encerrado em agosto, com resultados negativos da construção civil, das vendas do comércio, do setor de serviços e do mercado de trabalho. O IBCR-CO decresceu 0,6%.
No Sudeste, as retrações da produção industrial e das vendas do comércio foram evidenciadas na trajetória do IBCR-SE, que contraiu 0,8%.
No Sul, o IBCR-S recuou 2,8%. Nessa região, em ambiente de moderação no crédito e de deterioração do mercado de trabalho, destacou-se, no trimestre encerrado em agosto, o impacto dos desempenhos negativos do comércio e da indústria, reduzidos parcialmente pelas trajetórias da agricultura e da balança comercial.
Mais notícias
-
Economia
21h40 de 19 de abril de 2024
Dólar cai para R$ 5,19, mas sobe 1,53% na semana
Bolsa tem segunda alta consecutiva e sobe 0,75%
-
Economia
19h20 de 19 de abril de 2024
Preço da gasolina chega a R$ 6,89 em Salvador, após reajuste
A mudança já é vista nos postos de combustíveis desde a manhã desta sexta-feira
-
Economia
17h53 de 19 de abril de 2024
Aposentadoria é principal causa de perda de força de trabalho do BC em uma década
Segundo dados do Banco Central, um servidor deixou instituição cada três dias
-
Economia
17h51 de 19 de abril de 2024
Vendas de cimento caem no primeiro trimestre
Em março, a queda foi ainda mais acentuada
-
Economia
17h32 de 19 de abril de 2024
Petrobras: chance de pagamento integral de dividendo extraordinário puxa ação
Governo foi contra pagamento adicional em um primeiro momento
-
Economia
17h07 de 19 de abril de 2024
Combinação Petz e Cobasi vai se inspirar na fusão Raia Drogasil, diz Sergio Zimerman
Executivo afirma que não há pretensão de nenhuma das partes envolvidas no negócio em abrir mão de suas marcas
-
Economia
16h46 de 19 de abril de 2024
Ações da Netflix recuam após empresa anunciar fim de compartilhamento de métricas
Atos da empresa caíam 7,8%, para US$ 562,71
-
Economia
16h36 de 19 de abril de 2024
Operadoras de planos de saúde lucraram R$ 3 bilhões em 2023
Resultado equivale cerca de 1% da receita total acumulada no período
-
Economia
16h31 de 19 de abril de 2024
Rendimento domiciliar do brasileiro chegou a R$ 1.848 em 2023
Valor é o maior já apurado no país pelo IBGE desde 2012
-
Economia
16h19 de 19 de abril de 2024
Servidores federais fazem contraproposta para reajuste em benefícios
Condsef pede inclusão de aposentados e pensionistas