Publicado em 14/10/2016 às 09h20.

Governo baiano diz ter capacidade de participar de leilão de energia

Caso exclusão de leilão de energia seja confirmada, Bahia perderá quase R$ 3 bilhões em investimentos; estado pede dilatação de prazo

Redação
Foto: Mateus Pereira/SECOM
Foto: Mateus Pereira/SECOM

 

O governo baiano diz que tem capacidade para participar do Leilão de Energia de Reserva (LER) 2016, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Conforme relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao órgão, a Bahia não tem capacidade para escoar a produção de energia eólica por falta de linhas de transmissão, por isso estaria desabilitada a participar do leilão. A exclusão do certame representa a possibilidade de deixar de ganhar R$ 3 bilhões em investimentos no setor.

Em busca de alternativas, o Grupo de Trabalho Bahia-Sergipe se reuniu nesta quinta-feira (13) e deve propor ao Ministério de Minas e Energia uma dilatação no prazo de entrega para as linhas de transmissão. O secretário da Infraestrutura, Marcos Cavalcanti, explica a medida. “Diante da importância da produção de energias renováveis para a economia do estado, estamos pedindo que o Ministério de Minas e Energia faça uma reavaliação de alguns parâmetros que foram utilizados para os cálculos da linha de transmissão e considere um prazo mais dilatado, de cerca de oito meses, para que a Bahia possa ser novamente inserida no leilão”.

O Governo argumenta ainda que o documento emitido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), declarando que a Bahia não tem capacidade para o escoamento da produção elétrica no sistema de transmissão, não considerou importantes trechos já existentes de linhas de transmissão já leiloadas e com previsão de conclusão e operação comercial para os anos de 2018 e 2019.

Caso as linhas de transmissão citadas sejam consideradas disponíveis para escoamento de energia, conforme prazo estabelecido no edital, o estado teria condições de participar desta concorrência com mais de 5.300 MW. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico Jorge Hereda, isto asseguraria uma maior concorrência para o referido certame, permitindo a contratação de projetos mais competitivos, com a possibilidade de obtenção de preços mais baixos.

Entre os estados brasileiros, a Bahia é o que tem o maior potencial de energia alternativa, tanto eólica, quanto solar.

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