Publicado em 16/11/2015 às 17h11.

Lançada a rede musical “Rede Somus” na Bahia

Isto é um grande gesto cooperativo e reciprocolaborativo de natureza empreendedora dos e para os músicos independentes da Bahia

Edival Passos

A máxima que diz “juntos somos fortes” é verdade, mesmo. Se aplica a tudo, tudo na vida. E, quando é aplicada no campo da Ciência Econômica os impactos são fenomenais. Quem é do ramo da economia sabe o que significa a fusão de grandes empresas, o impacto que causa à concorrente do mesmo ramo e às economias nacionais. Os grandes sabem muito bem como disputar mercados na economia, principalmente nos tempos atuais de um mundo globalizado e sem fronteiras.
Para os empreendedores de pequeno porte juntar-se com seus afins do mesmo segmento é a receita mais aplicada para sobreviver, expandir, influenciar e
ter sucesso. No mundo da economia é preciso que os pequenos empreendedores entendam dessa cartilha.

Na matéria publicada no jornal A Tarde de hoje (16/11/2015), capa do Caderno2 mais, a produtora Lígia Benigno fala com muita propriedade sobre os objetivos da Rede Somus. Reproduzo aqui, “ipsis litteris” o que ela disse: “O objetivo é propor políticas públicas para o setor musical e firmar plateia para os diversos gêneros musicais produzidos na Bahia”. “É também uma estratégia de sobrevivência e sustentabilidade para quem
produz música que não se insere na grande indústria cultural”.

É isso aí Ligia, as sociedades democráticas são aquelas caracterizadas pela permissividade quanto à opinião e influência dos seus/suas cidadãos/cidadãs nos destinos do seu país e nas definições das políticas públicas. No caso em questão, você está corretíssima: é preciso, sim, que os mais interessados no assunto, no caso os músicos e os profissionais afins se deem conta de que todos têm o direito e devem exercitar seus direitos de influenciar na definição de uma macro-política pública para o segmento musical na Bahia. Afinal, em tempos de ECONOMIA CRIATIVA a linguagem mais aplicada deve ser essa. Os músicos e os profissionais afins nos tempos atuais precisam conhecer o quanto é importante a atividade musical, para além do lúdico e do belo, que tanto encanta nossos corações e mentes.

A atividade musical na Bahia é uma verdadeira jazida de significativa importância para a nossa economia. A nossa música tem traduzido de uma forma encantadora nossas capacidades, nossa história, nossas ricas tradições e nosso jeito de ser que encanta o mundo.

Os números oficiais que temos sobre a expressividade da música na economia baiana ainda são parciais e não expressam a sua significância na contribuição ao PIB – Produto Interno Bruto baiano, à geração de empregos, renda e ocupação do nosso povo. É claro que salta aos olhos a expressividade do nosso Carnaval, do nosso São João, das nossas festas de largo, dos nossos atuais festivais, que colocam a Bahia e Salvador, na minha opinião, como os dois lugares do mundo de maior exuberância musicalmente.

E, pra finalizar, fico extremamente feliz com essa iniciativa dos nossos músicos baianos, denominados de músicos independentes em criar a “Rede Somus”.
E, por fim, digo a vocês que me SOMU à Rede SOMUS e estarei como sem falta no show de lançamento nesta terça-feira, dia 17/11/2015, às 19h no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Salvador Shopping.

Te espero lá.

Edival Passos é economista humanista. Diretor da Ecocriativa – Consultoria  em Economia Criativa.

Edival Passos

Edival Passos é economista e pós-graduado em gestão pública.

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