Publicado em 18/06/2019 às 16h57.

Número de brasileiros que procura emprego há mais de 2 anos dobrou

Situação precária do mercado de trabalho, segundo avaliação do Ipea, adia recuperação do emprego para 2020

Redação
SIMM oferece vagas de emprego. (Foto: Valdecir Galor/SMCS/Fotos Públicas)
Foto: Valdecir Galor/SMCS/Fotos Públicas

 

Mais que dobrou o número de brasileiros que está há mais de dois anos procurando emprego. Desde o início da crise no mercado de trabalho, o crescimento desse público foi de 140%, chegando a 3,3 milhões de pessoas.

Segundo dados divulgados nesta terça-feira (18) no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o desempenho de longo prazo atinge com maior força as mulheres e as regiões Norte e Nordeste.

São considerados um indicador a mais da situação precária do mercado de trabalho brasileiro. Para a pesquisadora do Ipea, Maria Andreia Lameiras, o desemprego só deve começar a cair em 2020.

Os dados divulgados pelo instituto têm como base as informações coletadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar de indicativos recentes de melhora, segundo o Ipea, “o mercado de trabalho brasileiro segue bastante deteriorado, permeado por altos contingentes de desocupados, desalentados e subocupados [que trabalham menos do que gostariam]”.

Em sua Carta de Conjuntura, o instituto destaca o elevado número de pessoas procurando emprego há mais de dois anos: no primeiro trimestre de 2019, foram 3,3 milhões.

No mesmo período de 2015, ano em que se iniciou a escalada do desemprego, eram 1,3 milhão de pessoas. Esse contingente representa hoje 24,6% dos desempregados brasileiros –um crescimento de 42,2% com relação à taxa de 17,4% registrada no primeiro trimestre de 2015. Isto é, um a cada quatro pessoas sem emprego no país procura trabalho há mais de dois anos.

Do total, 2 milhões são mulheres e 1,3 milhão, homens. Embora historicamente elas sofram mais com o desemprego de longo prazo, o crescimento pós-crise foi maior entre os homens. Com informações da Folha de S. Paulo.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.