Publicado em 05/01/2016 às 14h00.

Pessimismo do empresariado baiano aumentou em dezembro

Indicadores econômicos mostram aumento de 19 pontos em relação ao mês anterior

Redação
Pesquisa mostra que cresceu a desconfiança de setores produtivos baianos na economia (Foto: Manu Dias/GOVBA
Pesquisa mostra que cresceu a desconfiança de setores produtivos baianos na economia (Foto: Manu Dias/ GOVBA)

 

Segundo pesquisa da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI),  o pessimismo do empresários baianos diante da economia aumentou em dezembro, quando o Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), índice que avalia as expectativas das entidades representativas do setor produtivo do estado, apresentou crescimento de 19 pontos em relação ao mês anterior, marcando -479 pontos, ante o registrado em novembro que foi de -460,

Esse resultado representa o segundo menor valor da série, abaixo apenas da leitura feita em outubro passado (-481 pontos). No ano, a pontuação do indicador assumiu a mínima histórica em nove ocasiões. O recuo do nível de confiança, observado no mês, ocorreu em todos os setores – com Agropecuária, Indústria e Serviços permanecendo na zona de Pessimismo e Comércio adentrando a região de Grande Pessimismo.

A  maior queda entre os setores e menor nível de sua série foi o da Agropecuária, que demonstrou piora da confiança e registrou -359 pontos em dezembro, mantendo-se, no entanto, como o segmento menos pessimista. As expectativas da Indústria, pela segunda vez seguida, pioraram atingindo -453 pontos – segunda menor pontuação em sua série.

Com a menor queda de confiança entre os setores e seu nível chegando a -500 pontos, Serviços deixou de ser o segmento mais pessimista em dezembro. E, com -511 pontos, pior marca no intervalo de janeiro a dezembro, o Comércio se tornou o setor mais pessimista no mês.

No mês de dezembro, tanto a expectativa referente ao cenário econômico quanto a relacionada à performance das empresas retrocederam, com aquela recuando mais – o que ampliou a distância entre os indicadores e contribuiu para assentar a confiança, quanto às variáveis econômicas, como a mais pessimista.

Enquanto o indicador de confiança para as variáveis econômicas registrou -573 pontos em dezembro, aquele referente ao desempenho das empresas marcou -432 pontos. O retrocesso da percepção, para ambos os recortes, foi generalizado, pois ocorreu nos quatro setores investigados.

Em dezembro, mais uma vez, todas as variáveis obtiveram avaliações negativas. Os PIBs nacional e estadual foram as variáveis com piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, apesar de negativos, câmbio e juros foram aquelas com indicadores de confiança menos pessimistas. Pela sondagem, 65,5% dos entrevistados indicaram redução igual ou superior a 1% do PIB nacional no futuro; 48,8% dos representantes patronais vislumbram uma retração igual ou superior a 1% no PIB estadual; 36,2% apontaram o câmbio como desfavorável nos próximos trinta dias; e 43,8% declararam que os juros devem variar entre 2,0 e -2,0 pontos percentuais em relação ao patamar atual nos próximos 12 meses.

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