Publicado em 15/06/2016 às 09h20.

Petróleo segue em queda em meio a preocupações com o excesso de oferta

O mercado tem registrado fortes perdas, agravadas depois que uma associação de refinarias estimou que os estoques tiveram alta de 1,2 mi de barris

Ana Lucia Andrade
(Foto Marinelson Almeida/Flickr)
(Foto Marinelson Almeida/Flickr)

 

Os preços do petróleo operam em queda, nesta quarta-feira (15), em meio a preocupações com o excesso de oferta e com os possíveis impactos no mercado caso o Reino Unido opte por sair da União Europeia em um plebiscito marcado para o dia 23/06.

Às 7h35 (de Brasília), o petróleo WTI para julho caía 0,93%, a US$ 48,04 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto recuava 1,34%, a US$ 49,16 o barril, na ICE, em Londres.

O mercado tem registrado fortes perdas desde sexta-feira, quando a empresa que presta serviços para o setor Baker Hughes disse que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA subiu pela segunda semana seguida.

As perdas foram agravadas nesta quarta-feira depois que o American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias) estimou ontem no final da tarde que os estoques de petróleo bruto nos EUA tiveram alta de 1,2 milhão de barris na semana passada, contrariando a expectativa de queda de 2,3 milhões. O mercado aguarda agora com cautela a divulgação dos dados oficiais do Departamento de Energia (DoE), às 11h30 (de Brasília), com previsão de queda de 2,1 milhões de barris.

Enquanto isso, os investidores seguem atentos para a decisão de juros nos EUA e projeções macroeconômicas hoje às 15h (de Brasília), com foco no discurso da presidente do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Janet Yellen, às 15h30, em busca de pistas sobre o ritmo das elevações de juros neste ano. Outro evento que segue no radar do mercado é o plebiscito para saber se o Reino Unido deve continuar ou não na União Europeia, disse Avtar Sandhu, analista de commodities da Philip Futures.

“O sentimento geral do mercado é negativo porque, embora a produção tenha abrandado, a oferta ainda está em excesso e um reequilíbrio ainda não começou”, acrescentou Sandhu.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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