Publicado em 21/02/2017 às 15h47.

‘A perseguição contra mim precisa acabar’, diz Márcia Castro sobre Fael

A baiana se manifestou nesta terça-feira (21) sobre a polêmica envolvendo Fael Primeiro, inocentado em uma acusação de estupro, em seu perfil no Facebook

Redação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 

A cantora Márcia Castro confirmou, conforme antecipado pelo bahia.ba nesta segunda-feira (20), que foi retirada do trio “Respeita as Mina” depois de duras críticas do movimento feminista de Salvador por causa de uma foto em que ela aparece ao lado do músico Fael Primeiro, inocentado de uma acusação de abuso sexual.

A baiana se manifestou em seu perfil no Facebook nesta terça-feira (21), e ressaltou que partilha de uma “postura ética alinhada a questões pertinentes”, principalmente aquelas ligadas a gênero. “Sempre falei abertamente sobre a minha lesbianidade”, escreveu.

De acordo com a artista, além de atacarem a ela, as manifestantes passaram a repudiar as demais pessoas envolvidas no projeto, com termos como “porcas capitalistas que monetizam a causa feminista”. “As organizadoras e a patrocinadora do projeto temeram pela ranhura que isso poderia causar na imagem do evento. Eu temi por minha integridade física, visto nível agressivo das mensagens. Decidiram por minha saída, sendo eu substituída por Tássia Reis”, confirmou.

No texto, Márcia justificou que, há cerca de um ano, quando escolhia canções para um novo disco, recebeu a visita de Fael Primeiro, a quem ela identifica como um cantor e compositor baiano ao qual sempre admirou e se aproximou apenas por causa da música. Antes de se despedirem, fizeram o registro fotográfico que causou toda a manifestação.

Foto: Reprodução/ Instagram
Foto: Reprodução/ Instagram

 

A cantora diz ainda que não demorou a aparecer diversos comentários sobre as acusações de violência sexual contra Fael, porém, em suas palavras, “o que me restou, e todas vocês sabem como funciona, foi a palavra dela contra a palavra dele e muitos pontos de vista acerca dos fatos”. Ela ressalta que poderia ter apagado as fotos das redes, mas escolheu manter.

“Eu sou uma mina. Eu quero respeito. Eu sou mais que uma mulher numa foto ao lado de um homem. Não posso ser resumida pelo homem ou homens que cruzarem meu caminho. Já fui penalizada por um crime que não cometi. Eu perdi um trabalho. Minha equipe perdeu um trabalho. Nada disso é justo. E a perseguição contra mim precisa acabar”, finalizou. Confira o texto na íntegra

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