Publicado em 18/02/2016 às 16h20.

Aprovado pelo MinC, livro de Claudia Leitte já estava ‘largadinho’

Incomodada com reação negativa, assessoria da cantora informa que projeto editorial havia sido abortado no ano passado. Só esqueceram de avisar ao Ministério da Cultura

Redação
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Claudia Leitte: ganha, mas prefere não levar incentivo do MinC (Divulgação)

Nem biografia nem livro institucional. Depois de causar furdunço nas redes sociais, a notícia de que a cantora Claudia Leitte obteve aprovação do Ministério da Cultura para captar R$ 356 mil via Lei Rouanet como subsídio a uma produção literária ganhou nova versão na tarde desta quinta-feira (18). Em nota à imprensa, a assessoria da musa esclarece: ela ganhou, mas não vai levar o incentivo oficial.

A informação sobre o mimo oficial, entretanto, é procedente. O projeto foi apresentado em 2014, mas ficou “largadinho” desde o ano passado. Como o MinC não foi informado da desistência, o processo tramitou pelas vias convencionais até o resultado positivo divulgado nesta terça-feira (16).

As razões da desistência não foram informadas pela assessoria da loira, que, em nota enviada à mídia, diz repudiar “notícias maldosas que sugerem que Claudia Leitte se beneficia de incentivos fiscais”. O comunicado informa ainda que o projeto “já estava abortado – sendo assim, como o recurso não foi captado, será arquivado no MinC”.

Ainda de acordo com a assessoria, o projeto aprovado (embora abortado) pelo MinC “previa um livro institucional sobre Claudia Leitte – ao contrário do noticiado pela imprensa, não tratava-se de uma biografia”. Ou seja: foi como uma bola de sabão.

Versão MinC Também em nota, o Ministério da Cultura se posicionou em relação ao caso. Além de tecer considerações sobre a Lei Rouanet (Lei 8.313 de 1991), a assessoria do órgão informa que o projeto “Livro Claudia Leitte”, da Produtora Ciel Ltda., tramitou regularmente em todas as fases de análise e confirma a aprovação para captação de recursos. Ainda segundo o comunicado, o parecer técnico que gerou a aprovação se baseou em critérios objetivos. Não há menção à suposta desistência alegada pela assessoria da cantora.

Por entender que há falhas na aplicação do incentivo legal, o MinC informa ter proposto “mudanças para modernizar e corrigir as distorções da Lei Rouanet” e já enviou ao Congresso Nacional, em 2010, um projeto de lei que institui o Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura (Procultura). Aprovada na Câmara, a proposta aguarda apreciação do Senado.

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