Artistas apelam a Djavan para fazer ‘ponte’ com Rui Costa

As dificuldades enfrentadas pela Orquestra Sinfônica do Estado da Bahia (OSBA) são tão gritantes que chegaram até os ouvidos do cantor alagoano radicado no Rio de Janeiro, Djavan. No último sábado (23), durante show na Concha Acústica do TCA, o artista lançou o apelo: “Não deixem a Osba morrer”.

E, pelo visto, Djavan tem mesmo “moral” com o governador Rui Costa, que em seguida ligou para o artista e o informou que marcará um encontro com representantes da orquestra.

Mas, como a política cultural não se resume aos problemas da Osba e como Djavan parece ter o poder de sensibilizar o Executivo estadual, o bahia.ba abriu este canal para artistas e agentes culturais baianos enviarem seus pedidos a Djavan, para que ele faça a “ponte” com o governador.

O que você quer pedir que Djavan peça a Rui Costa?

Márcia Short (cantora): Que ele intervenha nos prazos de nossos pagamentos em eventos, carnaval, edital, projetos e afins. A situação do artista local precisa ser revista URGENTEMENTE!

Aninha Franco (dramaturga): Djavan poderia pedir ao governador que ele se obrigasse a assistir – sem dormir, se dormisse voltaria ao princípio – tudo que a gestão petista tem fomentado na cultura baiana, a partir de 2007.

Lia Robatto (coreógrafa): Eu quero pedir a Djavan para pedir ao governador para salvar o Balé do TCA, que está em situação semelhante à da Osba.

Roberto Sant’Anna (produtor cultural): Além de salvar a Osba, que acho sim que deve ser salva, o governador também tem que salvar as filarmônicas do interior que, aliás, é muito mais barato e foram abandonadas pelos três últimos secretários de Cultura.

Daniel Lisboa (cineasta): Peço a Djavan para pedir ao governador que o edital setorial se torne uma lei, e não aconteça apenas em ano eleitoral.

Alicio Charot (cozinheiro e pesquisador): Políticas públicas objetivas para as comunidades quilombolas do estado da Bahia, reconhecer as origens e ampliar os direitos, isso seria fantástico!

Aícha Marques (atriz): Peça a Djavan para apelar a ele para devolver os R$ 3 milhões do edital Dinamização dos Espaços, que, por erro do sistema, voltaram para o “fundo” prejudicando mais de 50 proponentes que haviam passado no edital.

Eder Muniz (artista plástico): Ele poderia criar um festival de arte de rua, voltado ao muralismo/grafite, como já tem em diversos lugares. Não precisa ser no centro da cidade, mas que seja em grande proporção, ou seja, cada artista teria seu painel independente, uma casa ou um prédio, e assim poderíamos ter 10 artistas pintando ao mesmo tempo em um bairro da cidade, confluindo com poesia, música etc.

Fábio Viana (diretor teatral e arte educador): Espaço físico para implantação da Orquestra Juvenil AfroIorubaiana e ampliação das atividades do Barracão das Artes.

E você, qual é o seu pedido?