Publicado em 20/06/2018 às 11h27.

Ator argentino se defende após acusações de maus tratos com colegas

Ricardo Darin, considerado um dos maiores nomes do cinema argentino, lamentou que as suas “histórias” sejam “atreladas a episódios de violência de gênero”

Redação
Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter

 

Considerado um dos maiores nomes do cinema argentino, o ator Ricardo Darin se manifestou após as acusações de maus tratos de duas ex-colegas de trabalho. Ele afirmou estar “chocado e devastado” e alertou para que os casos não sejam relacionados com os recentes “episódios de violência de gênero” no meio artístico, entre eles o do diretor Harvey Weinsten.

A polêmica começou quando a atriz Valeria Buncelli, que contracenou com Darin na peça “Escenas de la vida conyugal”, revelou que abandonou o projeto após desavença com o ator que protagonizou o filme “Relatos Selvagens” (2014).

Ele me tratou de um jeito que não se trata um colega de trabalho. (…) Fiquei muito mal, cheguei a desmaiar. Muitas vezes coisas do gênero acontecem e sempre busco resolvê-las da melhor maneira: conversando. Mas o que aconteceu foi gravíssimo”, disse Bunceli.
Em 2017 circulou boato de que o ator teria brigado gravemente com Érica Rivas, durante as filmagens de “A Cordilheira”. Ela teria chegado a denunciar Darín, informação que nunca foi confirmada.

À emissora “Los Angeles a la Mañana” conseguiu falar com o ator argentino, que contou a sua versão sobre os fatos:

“Estou chocado e devastado. Estou atônito e tentando entender como as coisas aconteceram e por que elas foram se transformando em outras. (…) Já pedi desculpas que não foram bem interpretadas. Na verdade foram distorcidas. Estamos em um momento difícil de muita hipersensibilidade com todos os movimentos dos direitos feministas, a lei do aborto, o movimento #NiUnaMenos. Tudo tende a pender para um determinado lado e as histórias acabam sendo atreladas a episódios de violência de gênero, o que é um pouco perverso porque creio que não tenha nada a ver. É doloroso porque é muito difícil se defender quando tudo vai ser mal interpretado

[…] Me colocaram no grupo dos indesejáveis. Dos que maltratam, são agressivos, violadores em série, Houve uma publicação americana que falou em ‘Harvey Weinstein argentino’. (…) Com Érica, tivemos uma grande discussão em determinado momento. Encaminhei um pedido de desculpas a ela que não foi aceito. Gostaria de falar com ela. Adoraria poder falar, mas, não posso fazê-lo agora. Tenho que cuidar da minha família. Isso não envolve somente a mim, mas, também minha esposa que é uma grande defensora dos direitos das mulheres, minha amiga, minhas amigas”, contou Darín.

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