Publicado em 24/04/2018 às 12h27.

Ave Sangria volta a gravar em estúdio após 44 anos

Uma das maiores bandas de rock psicodélico do Brasil volta a produzir material inédito; disco antológico "Ave Sangria" foi gravado em 1974

Redação
Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

 

Uma das maiores expoentes do rock psicodélico no Brasil, a banda Ave Sangria volta a gravar em estúdio após 44 anos sem novas composições. Em 1974, o grupo lançou o antológico “Ave Sangria – RCA” (1974), único álbum de estúdio. Agora, Ave Sangria prepara o lançamento do segundo LP da carreira, “Vendavais”. A ideia da  é disponibilizar o material em setembro ou outubro, com edição limitada em vinil: “com uma seda e incenso dentro”, garante Paulo Raphael, guitarrista da banda desde a formação original em 1969.

Encarados como sucessores de Secos & Molhados, Ave Sangria se notabilizou pela autenticidade e coragem, que a levou a ser perseguida durante o período da ditadura militar. De acordo com Marco Polo, ex-baixista e atualmente vocalista da banda, garantiu que o novo disco “mantém algumas características” do trabalho antigo: “A contestação, as imagens psicodélicas e o lado lúdico, de curtição e entretenimento, estão lá”, garantiu.

“Ventanias” traz novas músicas que se dividem entre faixas acústicas, como “Ser” e “Marginal”, e rocks mais pesados como “Dia a dia” e “O poeta”, de acordo com O Globo. Três dos músicos que passaram pela Ave Sangria já faleceram: Israel Semente (bateria), Ivinho (guitarra) e Agrício Noya (percussão).

Marco Polo relembra a época nefasta da ditadura, e fala sobre a internet ter possibilitado o ressurgimento da banda, que ficou esquecida durante décadas: “A gente era jovem e os adultos enterraram a gente. Agora somos adultos e os jovens reacenderam nosso fogo”, contou.

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