Publicado em 30/08/2017 às 14h20.

‘Caricatura mal-feita’, diz representante da PF sobre filme da Lava Jato

Presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) fez duras críticas ao que chamou de "propagandismo" da obra

Redação
Reprodução
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Com estreia marcada para o próximo dia 7 de setembro, o filme “Polícia Federal – A Lei É Para Todos” de Marcelo Antunez, tem dado o que falar. Desde acusações sobre a origem do investimento privado na obra até críticas pesadas pelo tom utilizado.

O presidente da Federação Nacional de Policiais Federais (Fenapef), Luís Antônio Boudens, afirmou que a obra exagerou no que ele chamou de “propagandismo” dos delegados e de uma “imagem caricata” dos agentes.

“A permissão poética e a ficção retiraram a essência da Polícia Federal, ignorando aqueles que, de fato, descobriram a autoria e a materialidade de um dos maiores crimes de corrupção no país, dando lugar a uma mensagem corporativa”, afirmou, em comunicado divulgado pela assessoria.

Segundo Boudens, há erros factuais no roteiro que maquiam a imagem da operação, como a cena de prisão do doleiro Alberto Youssef, a qual considerou “fantasiosa”. Além disso, a película mostra delegados no comando de todas as ações enquanto agentes, escrivães, papiloscopistas e peritos são ignorados.

“A sociedade precisa entender que todo o processo investigado é realizado em conjunto e não exclusivamente por um cargo. Isso reforça um esteriótipo nada saudável para a segurança pública”, afirmou, antes de fazer um pedido para a vindoura sequência já anunciada para o filme.

“Deixem de lado narrativas inverossímeis e tratem a Polícia Federal com mais realismo e menos caricatura”, apontou.

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