Publicado em 05/04/2017 às 09h37.

Cineastas discutem alcance nacional do cinema baiano nesta sexta

O fato de quatro filmes baianos estarem em cartaz simultaneamente em telas de todo o Brasil é o mote para um debate que pretende entender e fortalecer a cena local

James Martins
Foto: Montagem Caderno de Cinema
Foto: Montagem Caderno de Cinema

 

“Quando quatro longas-metragens baianos são lançados nacionalmente na mesma semana, não é apenas momento de celebrar, mas também de ouvir autores sobre suas estratégias de distribuição”, diz ao bahia.ba o cineasta José Araripe Jr. (“Esses Moços” – 2007), idealizador e mediador no debate “Cinema baiano em telas nacionais”, que acontece nesta sexta-feira (7), às 18h, no Museu de Arte da Bahia (Corredor da Vitória). Os debatedores são: Adriano Big (“Para Além dos Seios” – 2015), Paula Gomes (“Jonas e o Circo Sem Lona” – 2015), João Gabriel (“Travessia” – 2017) e Márcio Cavalcanti (“Bahêa, minha vida!” – 2011). “Eles vão relatar e debater aspectos de interesse da comunidade audiovisual da Bahia”, completa Araripe.

A inspiração para o encontro vem de um texto publicado pela produtora Solange Lima, que chama a atenção para o fato de quatro filmes baianos estarem em cartaz simultaneamente em escala nacional. São eles: “Jonas e o Circo sem Lona” e “Travessia”, já citados; e “Sinais de Cinza (A peleja de Olney contra o dragão da maldade)”, de Henrique Dantas, e “Axé – Canto do Povo de um Lugar”, de Chico Kertész. Outros cineastas também confirmaram presença no evento. Entre eles Daniel Lisboa, Mateus Damasceno, Edgard Navarro e Leon Sampaio.

No Facebook, a discussão já começou, aquecendo para a sexta. “Araripe, acho super pertinente um debate sobre distribuição. Como dizem os mineiros; DEMOROU! Agora, acho equivocado não termos na mesa exibidores/distribuidores, e somente realizadores de um só filme. E, ao meu ver, o que mais necessitamos debater é CINEMA BAIANO EM TELAS BAIANAS. É vital nos posicionarmos sobre o que acontece na Bahia quando um filme local é lançado. E ouvir e entender o que dizem os exibidores, os gestores da cultura: Marcelo Sá, Claudio Marques, Mônaco Aquiles… O porque da Sala Walter da Silveira não ter um papel de protagonista nessa história…”, postou Jorge Alfredo, autor de “Samba Riachão”.

“Sim, sim, temos que ampliar a discussão para formato, janela e tal, mas não podemos deixar passar batido os 4 filmes baianos em cartaz, feito, pelo que me lembro, inédito por aqui. Vamos aproveitar a provocação feita por Carlos Alberto Matos (será que existe mesmo um novo cinema baiano no século XXI?) para refletir sobre o momento e sobre como dar continuidade a ele”, comenta Daniel Lisboa. Araripe responde: “Esse é o 1º debate, há espaço pra criarem outros…”.

Está feito o convite para este. E que venham outros.

Temas: Cinema , debate

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