Publicado em 14/03/2017 às 09h03.

Deputado diz que Mickey é gay e Disney faz campanha ‘gayista’

Victório Galli (PSC-MT) não soube explicar como o ratinho seria homossexual se namora a Minnie, mas garantiu que há outros homo no panteão da Disney

Redação
Foto: Reprodução Facebook
Foto: Reprodução Facebook

 

O deputado federal Victório Galli (PSC-MT), da bancada evangélica, publicou em sua página no Facebook, semana passada, uma ilustração em que Jesus aparece “protegendo” uma criança do Mickey Mouse. O fato, como não poderia deixar de ser, gerou polêmica e, em entrevista à Rádio Capital, de Cuiabá, o parlamentar tentou esclarecer.

“Em relação a essa situação do Mickey e da Disney, a gente vê que em todas as suas atuações, eles fazem apologia ao homossexualismo (sic). Inclusive o Mickey, se você fizer um estudo profundo como eu já fiz, ele é homossexual. As pessoas estão enganadas com essa mensagem subliminar que a Disney está passando para a sociedade, principalmente às nossas crianças”, disse.

Questionado sobre como o personagem poderia ser gay se namora a Minnie, o deputado não perdeu o rebolado, embora não tenha também desferido nenhum argumento convincente: “Isso é o que eles fazem para enganar as pessoas. O objetivo é destruir famílias”, resumiu. E continuou: “O próprio nome dele em relação aos exemplos que fazem, as cores, assim por diante, você vê uma mensagem subliminar que ele está fazendo uma apologia e apoiando a questão gay”.

mickey gayzista

 

O entrevistador insiste e pede evidências mais claras da homossexualidade do Mickey. Eis a resposta: “Eu não tenho aqui em mãos, como passar os pontos nesse sentido. Mas a mensagem, a forma como se coloca, de transmitir a linguagem para nossas crianças, tudo leva nesse sentido”.

VIctório Galli defendeu ainda que não apenas o Mickey, mas outros personagens da Disney, como o Rei Leão, também seriam gays. “Infelizmente outro filme em que os personagens transmitem mensagem em relação ao homossexualismo é aquele desenho animado do leão, o Rei Leão. Na realidade é outra mensagem que transmite a apologia ao ‘gayismo’. É na questão que o Rei Leão deveria ser um animal feroz, de transmitir respeito aos outros animais, ele se torna um animalzinho frágil, que carece de proteção dos outros”, explicou.

É perguntado a Galli se ele vê problema na possível homossexualidade das personagens e ele responde: “Cada um faz o que quiser, mas para quem defende a família tradicional, é fator negativo. O errado é que a pessoa tá fazendo apologia. Eu não sou contra ninguém ser gay, meu filho, eu não sou contra ninguém ser lésbica. Eu não sou contra um barbudo viver como casado com outro barbudo, uma cara lisa viver como casada com outra cara lisa, tirando a natureza do homem e da mulher, desde que a pessoa tenha mais de 18 anos, faça isso entre quatro paredes e não faça apologia”.

Após a polêmica, no último dia 10, o deputado postou em sua página uma nota de esclarecimento em que tenta se justificar informando que a publicação foi baseada em um beijo gay exibido no “live-action” de “A Bela e a Fera”, que estreia no Brasil nesta quinta-feira (16). “Fiz uma ironia quanto ao ‘vovô’ Mickey Mouse (o símbolo máximo da Disney) e sabíamos que eu seria perseguido por conta dessa declaração”.

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