Publicado em 24/10/2018 às 09h55.

Em ato pró-Haddad, Mano Brown critica PT e rechaça ‘clima de festa’

Rapper chegou a ser defendido por Caetano Veloso e Chico Buarque após apontar falhas do partido e público ameaçar vaiar; assista!

Redação
Foto: Arquivo Pessoal/Instagram
Foto: Arquivo Pessoal/Instagram

 

O rapper Mano Brown, integrante do Racionais MC’s, fez duras críticas ao PT em discurso durante comício do candidato Fernando Haddad no Rio de Janeiro. Ele jogou um balde de água fria no público ao dizer que não gostava do “clima de festa” e internautas compararam a sua atitude com a de Cid Gomes (PDT).

“Vim apenas me representar. Não gosto do clima de festa. A cegueira que atinge lá, atinge aqui também. Isso é perigoso”, afirmou.

“Tá tendo quase 30 milhões de votos pra tirar. Não estou pessimista. Sou realista. Não consigo acreditar pessoas que me tratavam com carinho, se transformaram em monstros. Se algum momento a comunicação falhou aqui, vai pagar o preço. A comunicação é alma. Se não conseguir falar a língua do povo, vai perder mesmo. Falar bem do PT para torcida do PT é fácil. Tem uma multidão que precisa ser conquistada ou vamos cair no precipício. Tinha jurado não subir no palanque de mais ninguém”, acrescentou Brown.

O público ameaçou vaiar mas o músico continuou até o fim: “O que mata a gente é o fanatismo e a cegueira. Deixou de entender o povão já era. Se somos o Partido dos Trabalhadores tem que entender o que o povo quer. Se não sabe, volta pra base e vai procurar entender. As minhas ideias são essas. Fechou”, finalizou.

Antes da reação negativa de parte do público tomar conta, Caetano Veloso pegou o microfone e defendeu o rapper. Segundo o baiano, a fala de Brown representa a “complexidade do momento” e disse que o país vive a “imbecilização da sociedade”.
Por sua vez, Chico concordou com Brown sobre a dificuldade de reverter o quadro, que aponta para uma vitória de Jair Bolsonaro (PSL), mas se mantém confiante: “Eu ainda acredito ser possível”.

O compositor tem esperança de que “os chamados coxinhas”, fiquem sensibilizados com os episódios de ódio e morte de “gays, trans, travestis, mulheres, negros e capoeiras”, e de que o “povo pobre mude de ideia na hora do voto”.

Assista:

 

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