Publicado em 12/09/2017 às 09h03.

Eric Clapton diz que não foi fácil ver documentário sobre sua vida

O filme “Eric Clapton: Life in 12 Bars” mostra o artista desde a infância até o estrelato, passando por momentos difíceis como a perda do filho Conor, de 4 anos

Redação

“Me assistir passando por aquilo não foi fácil”, declarou Eric Clapton, sobre a perda do filho Conor, de 4 anos, em 1991, momento retratado no documentário “Eric Clapton: Life in 12 Bars”, dirigido por Lili Fini Zanuck e exibido no “Festival Internacional de Cinema de Toronto” nesta segunda-feira (11).

O filme acompanha a vida do guitarrista britânico de 72 anos, desde a infância até o estrelato internacional, sem esconder os momentos mais difíceis, como a luta contra as drogas e a já citada morte, inspiradora do clássico “Tear in Heaven”.

“Até o momento em que parei de beber, tudo que eu disse era completa bobagem”, disse Clapton, ao fim da sessão, para risos da plateia.

Em sua autobiografia de 2007, o músico descreveu um vício de 20 anos em drogas e álcool, com o qual disse ter gasto cerca de US$ 16 mil (cerca de R$ 49 mil) por semana em heroína na década de 1970. Foi justamente a perda do pequeno Conor, que caiu de um arranha-céu em Nova York, foi o gatilho para sua sobriedade.

Clapton, que é produtor do filme, falou sobre as dificuldades de ter sua vida documentada em tela e fazer entrevistas com Zanuck em um filme que não se afasta de examinar suas falhas. “Eu não gosto de ter fotos minhas tiradas, eu não gosto de conversar com jornalistas. Eu amo tocar música”, disse.

A diretora, amiga pessoal de Eric e ganhadora do Oscar em 1989 por “Conduzindo Miss Daisy”, afirmou que o documentário fala de redenção. “Para mim, o filme é sobre redenção – redenção pessoal, não necessariamente o que a sociedade pensa. Ninguém lhe tirou do desespero, ele mesmo fez isto”, disse ela, à Reuters.